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por FJV, em 11.08.07
||| Investigação policial.
A propósito disto e disto, qualquer leitor de romances policiais (que não têm, claro, a dimensão trágica da «realidade») leu histórias em que a opinião pública pressionava a polícia para obter resultados. Obter resultados não é a mesma coisa que esclarecer o caso. Mas há coisas que, passados cem dias, toda a gente gostaria de saber. E, desse ponto de vista, uma coisa está perto da outra.

Adenda: O Eduardo Pitta, tal como eu, tem evitado escrever sobre o caso McCann. Hoje escreveu e eu subscrevo o essencial do seu post, excepto a parte final, quando refere que o Público se insurge contra o facto de «a Polícia Judiciária [estar] longe de esclarecer o que aconteceu à criança inglesa». Diz o Eduardo: «Não sabia que a bruxaria fazia parte das competências da polícia.» Ora, Eduardo, não se trata de bruxaria; mas de eficiência. É evidente que o número de crianças que continuam desaparecidas em Inglaterra é muito maior (creio que anda pelos 80) do que o português (não chega a uma dezena); é também evidente que o trabalho da PJ (pelo que eu conhecia em certos sectores, quando a PJ não era tão politizada) não envergonha ninguém. Mas as 72 horas que foram suficientes para condenar «Joana, a criança portuguesa dada como morta, cujo corpo nunca foi encontrado» devem ser tidas em conta neste caso. Por isso lá atrás eu mencionei o factor «pressão da opinião pública» para resolver os casos policiais. Investigações demoradas e desleixadas ou demasiado controversas deixam um rasto de suspeita, de intranquilidade e de injustiça. Accountability. O termo parece-me que pode vir a ser requerido nestas matérias.

[FJV]

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por FJV, em 11.08.07
||| Entre as florestas.















No velho hotel, entre as florestas, houve espiões ingleses e alemães, velhos príncipes italianos, uma suposta amante de Salazar, o próprio Salazar, luas-de-mel britânicas, velhos coronéis da Índia inglesa, poderosos em repouso. O espírito mantém-se, ao largo, mas só entre as florestas, num ou noutro corredor, no velho bar (a cozinha piorou muito, mas a simpatia extrema mantém-se, uma cordialidade pura das nossas províncias). Junto dos ciprestes da piscina descobri um vaso com uma planta de plástico, embora a sombra das grandes árvores seja a sombra das grandes árvores. Não sei o que impede as coisas belas de permanecerem como são, a não ser esta doença do «espírito moderno» dos portugueses que trata de remodelar hotéis decadentes que eram bons por serem decadentes, e transformá-los em hotéis assim-assim. Gosto dele, mesmo desta maneira, apesar da relativa devastação da paisagem que arrancou e incendiou árvores no cume das serras. Nos seus anos de glória, não havia piscina; bastava o rumor das árvores, entre relâmpagos; e deviam ter existido fantásticos dias de chuva, ramos de cedros desprendendo-se e caindo nas calçadas.
[FJV]

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por FJV, em 11.08.07
||| O cantinho do hooligan. Matraquilhos, é o que eles são, esses zarolhos.








Bolas na trave são bolas mal chutadas. Parabéns ao Sporting, que marcou.
[FJV]

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