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por FJV, em 21.07.07
||| Regresso.












Lamento informar que uma semana longe, realmente longe da Pátria – sem telefone, nem internet, nem jornais (confesso que apenas com uma interrupção no domingo passado) – faz maravilhas. Regressa-se com a ideia de que se perdeu bastante. E é verdade, perdeu-se bastante. Mas a agonia no interior do PSD continua e é bem feito; o adeus de Portas ainda não é para já; a felicidade ainda não foi decretada na Pátria, apesar dos esforços bem intencionados; Ana Salgado está no You Tube e é só a ponta do icebergue; e lamento ainda informar alguns dos meus amigos, que analisaram com minúcia a questão eleitoral em Lisboa: daqui a dois anos é que se acertam contas. Como não há «intendências» obrigatórias, haverá apontamentos dispersos. Mas nada se compara a estar longe.
[FJV]

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por FJV, em 13.07.07
||| Bola.
Os rapazinhos dos sub-20 fizeram as cenas do costume no Canadá depois de perderem com o Chile. Tão novos e tão portugas.
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por FJV, em 13.07.07
||| Miniscente.
O Luís Carmelo comemora quatro anos de existência blogosférica. «O lado positivo da blogosfera passa por este tipo de convivência tão nova quanto incerta.»
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por FJV, em 13.07.07
||| As pragas.
O Pedro Correia assinala, no Corta-Fitas, as sete pragas lisboetas – e promete votar em quem o ajudar a livrar-se delas. Eu não voto em Lisboa e estarei a milhares de quilómetros da cidade nesse dia, mas – sem querer ser desagradável para o Pedro – acho que essas pragas (que são verdadeiras pragas, sim) só deixarão de ensombrar Lisboa quando as pessoas mudarem realmente. Estacionamento selvagem? Bah. Está para durar; há cada vez mais carros em Lisboa e Lisboa está cada vez mais selvagem. Lixo acumulado? Bah. Os bairros de Lisboa, quando está sem chover por mais de um mês, são um contentor de lixo, detritos empurrados pelo vento, matéria suja ou orgânica deitada para a rua pelos queridos munícipes e pelas obras que nunca páram e ocupam a via pública como se todos tivessem de suportar a massa do cimento. Grafiti? Bah. Os meninos são protegidos pela ideia obtusa que vê naquilo uma «arte urbana» que tem o direito de sujar paredes públicas & privadas, granitos e gessos, tudo o que aparece à frente – sem serem punidos por atentado contra a propriedade e o bem público (a paisagem é um bem público). Jardins desleixados? Bah. Só uma parte ínfima dos senhores munícipes aproveita realmente os jardins; a partir das oito da noite, os jardins ficam sem luz e sem animação, entregues à fauna nocturna, porque os senhores munícipes ou estão sitiados pela selva e por essa fauna, ou não gostam de apanhar ar nem de contacto com «legumes» (é uma maneira de dizer) ou flores ou plantas que estejam vivas. Prédios em ruínas? Bah. Ouviram falar de arrendamento urbano? Não me refiro à construção de condomínios de luxo que continuarão a despovoar a cidade. Descargas de mercadorias a qualquer hora? Bah. Quem se dispõe a multar as carrinhas de distribuição que páram onde podem ou querem, em ruas estreitas ou nas «tão típicas travessas» de empedrado irregular que nos impede de dar dois passos seguidos, quando toda a gente estaciona onde pode, e o pequeno comércio não está disposto a receber mercadorias às horas que deviam ser estabelecidas (e são) para o efeito? Merda canina e columbófila? Bah. Os cãezinhos defecam às ordens dos seus donos em tudo o que é passeio e praça; quanto aos pombos, ah quanto aos pombos, eu nem sei o que diga e o mais suave seria dizer que são uma praga. Portanto, caro Pedro, ou esperas pela redenção dos senhores munícipes ou, aos poucos, teremos de procurar os lugares ainda não infectados por obras que se prolongam indefinidamente, pela fauna que anda de spray em punho a fazer «arte urbana» (coitadinhos dos «artistas»), pelas ruínas que se espalham pela cidade. Lisboa está suja porque Lisboa é suja ou porque os lisboetas a sujam?
[FJV]

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por FJV, em 12.07.07
||| Um país imbecil.
Seria bom que nos interrogássemos sobre o que se passa na zona imbecil do país. Que parte dos neurónios dessa gente ficou afectada?
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por FJV, em 11.07.07
||| As eleições viciadas, 2.
Ainda a propósito das autárquicas de 2001, tem razão o José Medeiros Ferreira, nesta questão: não foi João Soares, como ambos sabemos. Ele foi sacrificado a outra estratégia que resultou mal.
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por FJV, em 11.07.07
||| As eleições viciadas.
Sobre as eleições não-impugnadas de Dezembro de 2001, José Medeiros Ferreira revela, no final deste post, que sabe do que fala. «Não convinha.» Talvez um dia se conte a história. Mas, Caro José, eu sei que você sabe que eu sei que você sabe quem eram «os estrategas da noite». Desde essa noite que perderam várias eleições.
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por FJV, em 11.07.07
||| Uma mão lava a outra.
Ainda de Tomás Vasques, vale a pena prestar atenção ao post sobre o desassossego da direita. De certa maneira, Tomás tem razão: há uma certa paranóia no ar a propósito da limitação da liberdade de expressão. Sobre isso, há quem tome os seus desejos por realidade, apesar do carácter inexplicável das posições de Alberto Martins, que diz que o PS não tem lições «de liberdade» a receber de ninguém. Tem, sim. De nós, cidadãos preocupados com algumas perseguições movidas pelo pequeno PS. Tem, de si mesmo e do seu passado. Tem, sim, de quem acha que os direitos individuais são direitos essenciais que nenhuma razão de Estado pode ludibriar. Essa atenção não dispensa o bom-senso, até para que mais tarde não se venha a repetir a fábula de Pedro e do lobo. Até porque 1984, de Orwell, não foi escrito a propósito do estalinismo (que teve direito a Animal Farm) mas da nossa democracia. Mas uma mão não pode lavar a outra. Há, de facto, um problema de liberdades públicas.
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por FJV, em 10.07.07
||| Tentação.
Saramago alerta sobre «tentação autoritária» na esquerda latino-americana.
Adenda: sobre estas mesmas declarações, ver a nota de Tomás Vasques sobre a condenação (por Saramago) da guerrilha colombiana narcotraficante,«à atenção dos organizadores da Festa do Avante»: «[...] degeneraram em sequestradores, narcotraficantes, e o pior é que não saberão viver de outra forma
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por FJV, em 10.07.07
||| Paraty, de novo.
Conferir a reportagem em directo de Paraty (da FLIP) com o Eduardo.
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por FJV, em 10.07.07
||| Livros recentes e futuros.
O João pergunta que livros levo para férias. Ao arrepio das tendências, acho que ler no meio da praia é uma actividade muito saudável. Levarei três livros, que serão suficientes para deixar um de fora. Perdido de Volta, de Miguel Gullander (edição brasileira na Língua Geral), um luso-sueco que vive em Benguela, depois de ter passado por Cabo Verde e Moçambique (só há um outro livro de Gullander, publicado pela Cavalo de Ferro há tempos). Do Fanatismo, de Eric Hoffer (edição Guerra e Paz). O terceiro não é um livro mas um pequeno pacote com vários livros de Rex Stout, para continuar a perseguir as investigações de Nero Wolfe e Archie Goodwin (são sempre o mesmo livro, outra das suas virtudes).
Tudo isto para compensar os últimos lidos: Del Buen Selvaje al Buen Revolucionario, de Carlos Rangel, um venezuelano descoberto há pouco (e tardiamente); Benito Cereno, de Herman Melville (que nunca tinha lido); Todo o Mundo, de Philip Roth; e o novo livro de José Eduardo Agualusa, As Mulheres do Meu Pai.
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por FJV, em 10.07.07
||| Vida de «de vez em quando».
Visitar hospitais, andar em hospitais, dá-nos uma perspectiva diferente da humanidade. Há uma fase em que não sabemos o que é saudável, o que é estar de bem com a vida; aprendemo-lo quando chegámos cá fora, como se tivéssemos escapado. Mas, realmente, nunca escapámos. Já sabemos o que é estar lá dentro.
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por FJV, em 10.07.07
||| O cantinho do hooligan no Real.
Sim, o meu «lado racional» estava à espera, mas não interessa. Pepe era bom, muito bom. O melhor em todas as defesas. Aliás, ele era melhor do que a defesa do FC Porto. Exagero, naturalmente.
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por FJV, em 09.07.07
||| Paraty.
Eduardo Carvalho em directo de Paraty, e do festival literário. Reportagem pura.
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por FJV, em 08.07.07
||| Machu Picchu.









Gosto bastante desta gente (para ouvir) e destes lugares (para ver).
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por FJV, em 08.07.07
||| Mario Vargas Llosa, Mi Novela Favorita.









Vargas Llosa regressa ao fascínio das radionovelas: são 52 romances adapatados à rádio, numa lista encabeçada pelo D. Quixote, e que ontem começou a ser transmitida no Peru (na RPP), com uma duração de 54 minutos para cada livro. No próximo sábado é Moby Dick, de Melville.

Aqui, pode ouvir a primeira parte da narração de D. Quixote.
[FJV]

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por FJV, em 08.07.07
||| Lontano da Manaus, e «la piovosa Porto».












Hoje, no Il Sole 24Ore, crítica de Bruno Arpaia, com o título «Nera Movida Spagnola»:

«Dal Portogallo, infine, arriva l’interessantissimo romanzo di Francisco José Viegas, autore finora mai tradotto in italiano, che ha per protagonista l’ispettore Jaime Ramos: uomo disincantato e malinconico, con un passato comunista e una guerra coloniale in Guinea alle spalle, scettico sulla natura umana ma con una fortissima carica di ironia che lo preserva dall’orrido mondo di coloro che hanno certezze su tutto. Chiaro fin dall’esergo («Il romanzo giallo, come si sa, ha le sue regole. Questo no.»), Lontano da Manaus parte da una situazione di genere (la scoperta nella periferia di Porto di un cadavere apparentemente senza storia, quello di un tal Álvaro Severiano Furtado) per esplorare poi labili tracce, coincidenze quasi inverosimili, indizi ricavati da vecchie foto, per seguire un tempo che non è quello dell’indagine propriamente detta, per vagare da una piovossissima Porto alla luce abbacinante di Luanda, dalla Beirut del XIX secolo a una gocciolante Manaus. Come ha scritto Giancarlo De Cataldo, «il talento visionario di Viegas, capace di pagine memorabili e performance poetiche che lasciano a bocca aperta, fa venire in mente un Wenders d’annata. E, alla fine, non t’importa più chiederti che razza di libro tu abbia letto». Ne è importante aver capito davvero come si siano svolti i fatti nei dettagli. Il libro è lì, affascinante e carico d’atmosfera, all’ orizzonte possibile dei generi letterari.»
[FJV]

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por FJV, em 08.07.07
||| Física, 2.
A Teresa Castro, por mail, comenta a questão dos exames de Física do secundário:
«É verdade que quem estuda e tem boas notas no decorrer do ano
lectivo obtém classificação a contento nos exames nacionais de Física (12º),
Física e Química(11º) e Química(12º). As dificuldades fundamentais não
respeitam às novas estratégias de ensino, aos critérios de avaliação ou ao
desinvestimento da tutela – o equipamento dos laboratórios é a cada ano
melhor e tecnologicamente mais desenvolvido e cresce o protagonismo das
aulas laboratoriais nas aquisições das competências necessárias às ciências
ditas experimentais.
Os problemas são outros e fundos. A maioria dos alunos chega ao ensino
secundário oriundo das escolas básicas, ensinados por professores cujos
objectivos pedagógicos são adequados ao sucesso na conclusão do nono ano de
escolaridade. Temos, como decorre das estruturas escolares, uma fractura
entre ciclos de estudo, em vez de estabelecimentos de ensino onde os
docentes podem leccionar, em simultâneo ou rotativamente, 12º ano e 7º ano
de escolaridade. A perspectiva da dialéctica ensino-aprendizagem muda por
completo – o professor terá objectivos mais abrangentes, preparando os
alunos de acordo com perspectivas e competências futuras, conquanto
subordinado aos conteúdos curriculares do nível leccionado. No quadro
estrutural presente, ao concluírem o ensino básico, os alunos vêm adaptados
a um ensino concreto – de acordo, aliás, com o desenvolvimento intelectual
da faixa etária – e deparam à entrada no secundário com ritmos de trabalho
exigentes e conteúdos que requerem treinados raciocínios lógicos e
abstractos. Ora, para isto não foram suavemente preparados. É o choque. A
inadaptação. A ruptura. A fuga. O sucesso em pirâmide aguçada culmina no 12º
ano. Convém enfatizar que três anos de estudo nas escolas secundárias são
curtos para modificarem os enraizados hábitos de modéstia nos desafios
pessoais e a facilidade.
Mais há: os cursos de ciências e tecnologias requerem dos alunos muito
empenho pelas três abordagens obrigatórias em cada ciência curricular –
componente teórica, teórico-prática e laboratorial sustentada esta em
relatórios individuais que devem cumprir normas rigorosas e prazos
específicos. Por outro lado, pais e alunos raramente levam a sério a
informação de todas as classificações obtidas desde o início do 10.º ano
contribuírem para a média final de conclusão do secundário – média decisiva
para o ingresso na universidade.
Os alunos que sustentam as aprendizagens em trabalho esforçado e talento que
lhes determinou a escolha vocacional, ainda que genérica, ao findarem o
ensino básico, têm sucesso à altura da dádiva. Os que optam pelo estudo das
ciências por razões frívolas como o prestígio social ou a perspectiva de
entrada facilitada no mundo do trabalho sem que as capacidades de disciplina
interior estejam à altura, verão nublado o sucesso.»
[FJV]

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por FJV, em 07.07.07
||| Física.
Ontem, uma estação de rádio ouviu alguns especialistas acerca dos muito maus resultados a Física nos exames nacionais. A Confap (que representa os pais) acha que é preciso alterar os exames e os seus critérios, além de definir novas estratégias; um membro da Associação de Professores de Física acha que se trata de «um exame novo, com características um pouco diferentes do que aquilo a que os alunos estavam habituados» e que há «algum desinvestimento por parte da tutela» na área das Ciências, sobretudo porque esta disciplina já não serve de prova de ingresso no acesso ao Ensino Superior. Sobre os novos critérios e as novas estratégias estamos falados. Sobre o desinvestimento «por parte da tutela» na área das Ciências, os professores têm certa razão, sobretudo se pensarmos na «falta de verbas» para a abordagem experimental. Mas há um pormenor que falta nesta discussão: a rapaziada estudou, ou não? E quem estudou teve boas notas, ou não?
[FJV]

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por FJV, em 07.07.07
||| O cantinho do hooligan. Consultório, 1.
João Moreira, por email, pergunta: «O Palermo, da 1ª divisão do Calcio, equipa de rosa. Qual é o problema?»
O Cantinho do Hooligan responde, afectuosamente: não há nenhum problema, de facto; talvez por isso o Palermo tenha contratado Fabrizio Miccoli, que não vê «l’ora di iniziare questa nuova avventura». Acho desadequados e incorrectos os comentários sobre o equipamento rosa do Benfica e há até muitos frequentadores das páginas de revistas mundanas que usam pullovers rosa, tal como um antigo presidente do clube usava pantalonas encarnadas. Devemos, Caro João, ser tolerantes. Aliás, nada contra a opção do Benfica. Há quem se pergunte sobre o que quer o Benfica insinuar com esta opção. Não sabemos. Mas devemos apoiá-lo na sua opção e manifestar compreensão. Diz-se que, tradicionalmente, «o rosa está profundamente ligado ao feminino» (não sou eu a dizer), e parece que a «razão desta simbologia provém da antiguidade, atribuída devido à cor rosada dos lábios carnudos, seios e partes íntimas». Não me parece. Uma pessoa olha para o Petit e não vê nada disso e Simão já disse que gosta. Não me atrevo a mais.
[FJV]

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