||| O PSD.
Não quero imiscuir-me na vida interna do PSD, porque sempre me disseram, na infância, que «quem está de fora racha lenha». E também que «entre marido e mulher não metas a colher». Não é a minha família política, e pronto.
Só que o PSD, goste-se ou não se goste, é um elemento fundamental do equilíbrio democrático português - e representa, numa «caldeirada» que, como se vê, nem sempre é fácil de gerir, sectores importantes do nosso povo. Daí que saúde o avanço de Luís Filipe Menezes, mesmo contra as dificuldades processuais (ridículas) que Marques Mendes lhe colocou no caminho.
Menezes tem contra si ser um homem do Norte - o PSD de Lisboa continua a desconfiar da província (já vem do Eça), esquecendo-se, claro, que Sá Carneiro, seu pai fundador, vinha precisamente daí. Mas tem a seu favor uma carreira plebiscitada pelos votos e ter realizado como autarca uma obra que deixa o Porto (de Rui Rio) na mais completa sombra - e no mais completo ridículo.
Depois dos resultados eleitorais de Lisboa, é bom existir uma alternativa a Marques Mendes. Agora, cabe aos militantes do PSD fazer a escolha.
[MAV]