|||Verissimo.O
Eduardo Pitta, numa das escolhas dos livros da temporada, mencionou Verissimo. Aliás, Erico Verissimo, e
O Tempo e o Vento. O que me lembra a forma como Verissimo esteve durante anos afastado do cânone do romance brasileiro, por motivos ideológicos (além de não pertencer ao eixo Rio-S.Paulo-Salvador). Há dois anos, a Companhia das Letras decidiu reeditar toda a obra de Verissimo, o que constituiu uma revelação para muitos leitores, sobretudo para aqueles que nunca tinham lido a saga
O Tempo e o Vento, cujo primeiro volume é
O Continente (a que se seguiriam
O Retrato e
Arquipélago). Em Portugal, o livro de maior sucesso foi
Olhai os Lírios do Campo, nos idos de cinquenta e sessenta (originalmente publicado em 1938), seguido de
Clarissa, uma obra inicial (de 1933), sem contar com a já longínqua adaptação televisiva (exibida pela SIC) de
Incidente em Antares. O mundo de Verissimo não é o dos trópicos, mas o da avalancha das serras do sul, o do pampa, o das cidades de emigrantes, o da
memória de Cruz Alta, que me lembrou
este texto já com alguns anos.
[FJV]