||| Darfur.Recordo os tempos em que o Ocidente descobriu a tragédia do Darfur. As atenções estavam, ontem como hoje, totalmente viradas para o Médio Oriente e qualquer olhar para outro lado do globo era considerado revisionista. Naquele tempo, na
Grande Reportagem, mostrámos imagens; escrevi várias vezes sobre o assunto. Mas, como na altura se disse (ah, blogosfera, como és atenta), tratava-se de
um exagero. A tragédia cresceu entretanto. Atingiu proporções mais e mais desumanas. Mas a cor das vítimas não é indiferente, ali, no Congo ou no Zimbabwe. Morrem milhares de pretos, é esse o resumo; a cor desvaloriza as vítimas. Até que Ban Ki-Moon, o secretário-geral da ONU, dá
explicações tão comoventes como as «do aquecimento global». A cor das vítimas continua a ser importante.
[FJV]