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por FJV, em 21.06.07
||| Última hora. Otávio Frias Filho, hoje na Casa Fernando Pessoa.








Hoje, quinta-feira, 21, às 18h30, Otávio Frias Filho, o director do jornal Folha de São Paulo, estará na Casa Fernando Pessoa para falar do seu livro Queda Livre (edição A Palavra), com apresentação de João Pereira Coutinho. Falar-se-á, certamente, do Brasil, de política e da América Latina.
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por FJV, em 21.06.07
||| Saúde.
O homem é grego mas não deixa de ser poderoso. É o Comissário Europeu da Saúde e Defesa do Consumidor, Markos Kyprianou, que anda numa cruzada contra a fast food. Eu apoio; contra o hamburger, pela perdiz à Convento de Alcântara; contra os chicken nuggets, pela galinhada com arroz. A anorexia e a obesidade afligem-me. Mas aflige-me igualmente o grego Kyprianou, e aquela linguagem de abóbora: se a indústria alimentar não deixar voluntariamente de publicitar comida não saudável para crianças, a Comissão Europeia «não terá outra alternativa senão adoptar legislação restritiva». Ele tem razão, vejamos. O exercício físico faz bem, o fast food faz mal, a publicidade a produtos verdadeiramente nocivos às crianças é agressiva. Mas o grego Kyprianou sofre do mal geral dos cavalheiros da União, tratando-nos como idiotas e cobaias -- só ele detém a verdade e a garantia do bem geral e do bem particular. Daqui a alguns anos, Kyprianou vai entrar pelas nossas casas dentro, vigiando, vigiando. Ai de nós se nos tentarmos por um bacalhau à lagareiro. E, seguindo outros procedimentos, seremos filmados e denunciados publicamente.

Na Califórnia, a cidade de Belmont (via O Insurgente) vai proibir que se possa fumar no interior das casas. Reparem bem: no interior das casas. Lá dentro. Direitos cívicos, onde andais?
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por FJV, em 21.06.07
||| Vigilância, 2. Um liberal à moda antiga.
Ainda o vídeo, citado no site da CM do Porto, onde se vê o jornalista David Pontes numa manifestação diante do Teatro Rivoli. Pode a CMP (ou alguém por ela) tomar imagens de vídeo de manifestações, bares, restaurantes, jardins públicos, redacções de jornais, entradas de WC públicos, lojas de lingerie, com vista a alimentar o debate político?
[É evidente que seria interessante saber se o vídeo em questão foi obtido por algum membro do gabinete da CMP, de modo a ser usado da forma que foi.]
Independentemente da questão do Rivoli, o que está em causa é a incapacidade de a CMP lidar com a opinião contrária. Ter sempre razão, como se sabe, é muito cansativo e demasiado perigoso; normalmente, os meios usados ultrapassam aquilo que é sensato. Filmar manifestantes, por exemplo, pode ser um precedente fatal. Um liberal à moda antiga não pode aceitar esse comportamento.

Veja-se, por exemplo, o caso denunciado pelo Zero de Conduta.
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por FJV, em 21.06.07
||| República dos tribunais.
A propósito do caso Sócrates/Balbino e da queixa que o primeiro-ministro terá eventualmente apresentado aos tribunaus, recomendo uma leitura de João Gonçalves; sobre ética, política, tribunais e o plateau geral da pátria. Não há inocentes.
Este recurso permanente aos tribunais parece-me estar a transformar a Pátria, que já discutia providências cautelares e recursos para o Supremo nos fóruns da rádio e nos balcões das pastelarias, numa república dos tribunais. Primeiro, tivemos a denúncia de uma república dos juízes, que verdadeiramente nunca existiu, mas que se aproximou bastante da comunidade do magistrados do MP e da mini-República dos advogados. Não havia debate político, futebolístico e (como chegou a acontecer) até literário, sem o recurso à linguagem dos códigos e das leis. O cidadão era bombardeado com decretos, diplomas, orações subordinadas sem limite, malabarismos jurídicos; os jornais eram uma dependência das sebentas de Civil, Penal e Administrativo. O debate político, propriamente dito, estava já contaminado por essa linguagem de bacharéis dos romances de Camilo (que Camilo não reproduz, estejam descansados).
João Gonçalves, de qualquer modo, tem razão no essencial do seu post, mesmo que não se concorde com parte da sua substância («o episódio em causa só me interessa na medida em que possa afectar o exercício das funções públicas electivas do chefe do governo»). A desgraça seria total se as questões de natureza essencialmente política, ou ética, se discutissem como matéria jurídica ou com base em linguagem jurídica. Já é suficiente a selva de arguidos, processos, queixas, acusações, recursos, providências, diligências e demais geringonças que invadem as páginas dos jornais. Mas nunca fiar.
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por FJV, em 21.06.07
||| Lançamento de As Mulheres do Meu Pai, de José Eduardo Agualusa.















Festa até tarde no solstício de Verão (já passava bastante das duas da manhã quando se iniciou a debandada), na Casa Fernando Pessoa, com o lançamento do novo romance de José Eduardo Agualusa, As Mulheres do Meu Pai (edição Dom Quixote). Nas fotos: 1) no jardim, junto do lago; 2) Carlos Vaz Marques tinha conseguido chegar a um dos balcões de Super Bock Abadia; 3) Bárbara Bulhosa e Jaime Bulhosa, ou Tinta da China e Pó dos Livros (é nome da nova livraria que vai abrir na Av. Marquês de Tomar); 4) Mia Couto e Marília Gabriela (que só saiu mesmo no fim); 5) no jardim, aproveitando a primeira noite de Verão; 6) enquanto isso: José Eduardo Agualusa, que só terminou a sessão de autógrafos à 1h30, e que não deu pela festa.
[FJV]

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