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por FJV, em 29.05.07
||| As Mulheres do Meu Pai, de José Eduardo Agualusa.















A partir de amanhã, neste blog, pré-publicação de As Mulheres do Meu Pai, o novo romance de José Eduardo Agualusa. Aí ao lado está a capa da edição portuguesa (a da edição brasileira, da Língua Geral, já foi mostrada aqui), desenho de Henrique Cayatte, edição Dom Quixote. O lançamento é a 20 de Junho, mas depois de amanhã, na Casa Fernando Pessoa -- durante os Livros do Desassossego, de Carlos Vaz Marques --, Agualusa falará do livro e lerá uma passagem.
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por FJV, em 29.05.07
||| Concurso.
A LPM abriu concurso para assessores de imprensa. O anúncio sai no próximo sábado no Expresso/Emprego, mas nada como ir adiantando trabalho. Em rigor, é mil vezes preferível que as coisas sejam assim, às claras e procurando o melhor do mercado. Mas não se esqueça o que o próprio Luís diz sobre a profissão.
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por FJV, em 29.05.07
||| A corporação, 2.
O ministério da Educação esclareceu o assunto dos erros ortográficos. Segundo o director do Gabinete de Avaliação Educacional, «não faz sentido penalizar a incorrecção ortográfica na primeira parte, quando o que se pretende perceber é se o aluno compreendeu ou não o texto. Se uma dessas perguntas tiver zero porque tem um erro não conseguimos avaliar se o aluno percebeu o texto». Pessoalmente, compreendo o método, mas discordo dele; não por estar do contra, mas por pensar que não é a forma mais correcta de avaliar os problemas do ensino do Português. Sei que se trata de «uma técnica de avaliação»; mas não concordo com ela e tenho o direito de discuti-la. E acredito noutra coisa: que é preciso discutir estes assuntos, mesmo que os técnicos do ME nos achem ignorantes só por não concordarmos com o superior entendimento de S. Exas. Sem rancor. Mas o recado precisava de ser dado.
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por FJV, em 29.05.07
||| Hurra!
Os apoiantes do fantástico Chávez lançaram foguetes para assinalar o encerramento da RCTV. O país livrou-se de uma «televisão fascista». O TVES, canal de «serviço público» criado pelo próprio governo vem «desfascizar» a Venezuela. The revolution will not be televised.
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por FJV, em 29.05.07
||| A corporação.
Peço aos pacientes e benevolentes leitores que atentem nesta notícia extraordinária:
«Valeu tudo: tratar um sujeito como predicado, usar um "ç" em vez de dois "s", inventar palavras. O Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação deu ordens para que nas primeiras partes das provas de aferição de Língua Portuguesa do 4.º e 6.º anos, os erros de construção gráfica, grafia ou de uso de convenções gráficas não fossem considerados. E valeu tudo menos saber escrever em português. Isso não deu pontos.»
Se era preciso um argumento para repensar totalmente o ensino do Português, não sei se vale a pena procurar mais. Mas uma pessoa fica cansada de dar exemplos. A corporação está bem defendida nos corredores do Ministério. Mas leiam, leiam.
[FJV]

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por FJV, em 29.05.07
||| Justiça.
O Supremo Tribunal de Justiça veio despachar que uma violação aos 13 anos é menos grave do que aos sete. Por isso, «critica também o tribunal de primeira instância por valorizar em demasia os crimes sexuais». Onde anda a Polícia de Intervenção quando precisamos dela?
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por FJV, em 29.05.07
||| Sinais.














Há quem pense que estamos diante da ameaça de um novo tipo de censura; ou que há cada vez mais ataques à privacidade, à «reserva individual»; ou que o Estado anda, simplesmente, a meter-se onde não é chamado; ou que há controle a mais sobre a vida dos cidadãos. Há, naturalmente, quem pense que não estamos «diante da ameaça de um novo tipo de censura», uma vez que as «denúncias» até são feitas publicamente; quem pense que se trata apenas de agilizar procedimentos por parte do Estado, «o que permite acesso a uma série de dados» que, «naturalmente», não serão cruzados.
Este debate é oportuno e os sinais que ele fornece são positivos, mesmo que -- num caso ou noutro -- possam ser injustos para alguns sectores da administração. Há anos ele seria impossível porque as pessoas davam pouco valor à sua liberdade e à sua «reserva individual»; encantados com a «modernização», os portugueses desinteressavam por todo o tipo de quebras de privacidade, da videovigilância nas auto-estradas à monitorização da vida familiar. O argumento mais imbecil de todos: quem não deve, não teme -- e a «reserva individual» é um assunto menor diante da necessidade de «reforçar o colectivo» ou de «melhorar o Estado».
Num longínquo texto dos anos oitenta, António Barreto chamava a atenção para o ambiente de liberdade em que vivíamos -- liberdade de imprensa, de reunião, de associação, mobilidade, etc. Mas lamentava o facto de não existirem «liberais» (esqueçam a denominação, que a mim me parece justa), no sentido em que a liberdade não existe sem pessoas que se interessem por ela. Hoje, só a existência desse debate já é útil e mostra que as pessoas estão atentas, que começam a prezar a sua liberdade e que -- em relação ao Estado e aos seus poderes -- já sabem desconfiar. Questionam a utilização que se pode fazer do cartão único, do acesso ao correio electrónico por parte das empresas fornecedoras de acesso à net ou por parte do Esatdo, da facturação detalhada de telemóveis, da videovigilância da Brisa, do manuseamento do cartão de contribuinte por grandes empresas que ainda estão associadas ao Estado ou que podem agir em bloco com ele, do cruzamento de dados de saúde na banca privada ou nos serviços públicos, da monitorização da nossa vida pelas grandes corporações, etc. Isso é estar um degrau acima. Um upgrade, se quiserem. Desconfiar não é crime; pelo contrário, a história dos direitos individuais e a história da liberdade ensinam que desconfiar é, mesmo, um dever.
[FJV]

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