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por FJV, em 15.04.07
||| Livros de domingo.
Domingos são quase sempre chatos em todo o lado, mas em Salvador – se não houver praia e estiver aquele chove-não-chove – é ligeiramente angustiante. As livrarias abrem à tarde. Pornopolítica, de Jabor, que me tinha escapado; um romance de Marcelo Rubens Paiva para acrescentar à lista, Malu de Bicicleta; e os contos de Ela e Outras Mulheres, de Rubem Fonseca. Do livro de Jabor li, no táxi, uma entrevista póstuma realizada com Nelson Rodrigues (Jabor trabalhou O Beijo no Asfalto e Toda a Nudez será Castigada, para desconsolo dos mandarins da época):
«Finalmente, os marxistas de galinheiro estão mostrando a cara, rapaz. Eles fazem parte da legião de cretinos fundamentais que infestam o país. Os cretinos fundamentais se escondem sob a capa da revolução, dos títulos acadêmicos, das togas de juízes, da faixa de presidente. Antigamente, o cretino se escondia pelos cantos, envergonhado da própria sombra; hoje, se você subir num caixotinho de querosene "Jacaré" e falar "meu povo", os cretinos formam uma multidão de FlaxFlus. Você pegue o Prestes, por exemplo; ele só fez errar na vida. Tudo o que ele quis deu zebra, de 35 até ao fim... No entanto, quem falar mal do Prestes provoca arrancos de cachorro atropelado no ouvinte: "Não admito, ouviu!?" Esta crise é boa porque revela a burrice da velha esquerda...»

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por FJV, em 15.04.07
||| Hilariante, a não perder.



Via Corta-Fitas (Nuno Sá Lourenço): ou de como há mais Sócrates em jogo.

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por FJV, em 15.04.07
||| Código de conduta.
De vez em quando fala-se da adopção de um código de conduta na blogosfera. O tema é recorrente e não parece inócuo, desde que seja adoptado por todos os blogs. Mas nunca deixará de ser facultativo. O passo definitivo para a adopção generalizada desse código de conduta, evidentemente, é o fim do anonimato. Desse modo deixarão de se ouvir queixas sobre esse mundo nebuloso e obscuro «que anda na internet». O que preocupa os queixosos em relação a esse mundo «que anda na internet» não é o anonimato, mas o facto de não se sujeitar aos mecanismos de controle e de validação presentes noutros meios. Este choque tecnológico (a existência da blogosfera) supõe a existência de um choque de natureza mais vasta, que pode passar pela chamada participação dos cidadãos. Não se pode querer uma coisa e limitar a outra. Por mim, aceito a ideia (indiscutível) de um código de conduta; aceito a (discutível) ideia do fim do anonimato. Mas não acho aceitável que a blogosfera seja tratada como um todo, em que, naturalmente, cabe o melhor e o pior da natureza humana. Como em tudo.

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