||| Imagem. Segunda leitura.A entrevista de José Sócrates podia ter sido dada noutra circunstância; misturar os dois pontos (a licenciatura, os
dossiers recentes) pareceu-me errado.
Sobre todas as outras matérias continuamos como antes. O que o discurso de Sócrates instituiu, com esta entrevista, foi a
normalidade do estado de coisas. Tudo é
normal: as circunstâncias da licenciatura e o que ela pode evidenciar, a política de comunicação, a opção da OTA, a posição do Estado e do governo na OPA da Sonae, a tentação de controlar a imprensa.
Nada disto é anormal, portanto. Ou seja, o governo actual é, para Sócrates, uma espécie de
fim da história. Esta mensagem
fica. Cometer um erro? Normal. Haver questões de carácter? Normal; quem não tem? De alguma maneira, a
normalidade é uma
anestesia que se espalha por todo o lado.