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por FJV, em 30.03.07
||| Uma boa notícia, sobre Rowan Atkinson.
Sobre este post, escreve, por mail, o João Sousa André:
«É sem dúvida uma boa ideia o não-regresso de Mr. Bean. Se possível que ficasse em casa com outros parentes criados por Atkinson, como Johnny English. por outro lado seria ainda melhor que obrigasse as personagens de Blackadder a regressar, ao mesmo tempo que conseguisse colocar Ben Elton e Richard Curtis (os autores de Blackadder II, III e IV) a escrever de novo para as aventuras do inglês mais cunning que raposas professoras de cunning na Universidade de Oxford (palavras do próprio). Isso implicaria também o regresso de Stephen Fry, Hugh Laurie, Tony Robinson, Tim McKinnerny, Miranda Richardson e, com uma boa dose de sorte, Rick Mayall, Patsy Byrne e Jim Broadbent a uma das melhores séries de comédia inglesas de sempre. Mas essa notícia já não seria boa, seria das melhores do ano. Só com muita sorte poderíamos aspirar a tanto.»

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por FJV, em 30.03.07
||| Ainda a Ota.
Escreve Isabel Prata sobre a Ota (post Farto da Senhora de Fátima da Ota), por mail:
«Eu da OTA nada sei e espanto-me sempre com a quantidade de pessoas que têm as mais técnicas opiniões sobre tão técnico assunto. Por isso gostei de ler o primeiro parágrafo do post que lhe dedicou. Estragou tudo no começo do segundo, para além de que por todo o mundo civilizado nunca os aeroportos ficam dentro das cidades, Portugal tem 10 milhões de habitantes e Lisboa apenas 2. Eu para apanhar um avião ando 2 h de comboio mais não sei quanto tempo de taxi ou autocarro. Se quiser apanhar um avião antes das 9 ou 10 da manhã saio de Coimbra no expresso da RN das 2 da manhã. Se chegar depois das 20 h tenho que vir de expresso (que são horríveis, inseguros, desconfortáveis) e se chegar depois das 22 tenho que apanhar o expresso da meia noite e meia e chego a Coimbra depois das 3. Está a ver, isto é Portugal.»

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por FJV, em 30.03.07
||| Cataluny@.
Este cidadão, depois de vaguear por Buenos Aires, Ushuaia, Punta Arenas, Puerto Montt, Puerto Varas e Chiloé, entre outras minudências, regressa e diz «o meu blog faz três anos». Ele viaja tanto que não tem tempo para escrever.

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por FJV, em 30.03.07
||| A campanha.








Anteontem, de facto, ao passar pelo Marquês de Pombal, vi o cartaz do PNR sobre o «basta de imigração». Ao contrário do que dizem, não se trata de uma campanha racista, mas apenas xenófoba e imbecil. Mesmo assim, naquele instante mudei de cor.

Em resposta, escreve o Klatuu Niktos, por mail: «Meu caro senhor, se é uma campanha «racista» ou «xenófoba»... é uma diletância semântica irrelevante! O «cavalheiro» que dá rosto - quase humano - a esse partido comprado é uma criatura abjecta que não pode ter lugar numa sociedade democrática!Deixe-se de «branduras»... esses gajos, se tivessem poder para tal... também assariam judeus no Rossio.» Eu insisto: mudei de cor. Mudo sempre, quando vejo campanhas destas.

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por FJV, em 30.03.07
||| Fora do top ten.







A The Lancet elabora o top ten das substâncias mais perigosas: 1. heroína, 2. cocaína, 3. barbitúricos, 4. metadona, 5. álcool, 6. ketamina (anestésico), 7. benzodiazepina (ansiolíticos), 8. anfetaminas, 9. tabaco, 10. buprenorfina.
Portanto, a marijuana está em 11.º, se é que não sabiam. Praticamente fora de perigo.

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por FJV, em 30.03.07
||| Enquanto isso, no outro lado do mar.
No Brasil, Lula e o PT (sim, não são uma e a mesma coisa) vão lançar uma televisão pública para acabar de vez com o jornalismo de sarjeta. Da última vez que Lula pensou no assunto, expulsou do país o correspondente do The New York Times.
Escreve Guilherme Fiúza:
«O novo ministro da Justiça, Tarso Genro, cansou de alertar que a imprensa burguesa vive tentando boicotar o governo popular. Deve ser a tal conspiração da direita, para a qual alertou Delúbio Soares, quando recebeu as primeiras acusações de fraude contábil. A saída petista para essa injustiça é, como sempre, a pureza, ao melhor estilo Fórum de Porto Alegre: criar um canal só para as idéias certas. Burguês não entra.[...] O PT e o governo querem criar uma imprensa realmente livre. Onde tenham total liberdade para divulgar os press releases presidenciais sem um editor chato fazendo contestações impertinentes.»

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por FJV, em 29.03.07
||| Uma boa notícia.
Rowan Atkinson diz que Mr. Bean não regressará.

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por FJV, em 28.03.07
Um retrato.











O primeiro dos programas de António Barreto, na RTP, foi ontem emitido. Gostei muito de ver. E de ouvir, porque a voz de António Barreto confere mais credibilidade aos números, aos dados, às análises. Fazia falta esta série. O retrato é comovente e digno; aparece-nos pela frente um país que mudou mesmo, e que mudou definitivamente em alguns aspectos. Por isso, o retrato é comovente. O livro de Barreto sobre a década prodigiosa (os anos setenta-oitenta), publicado há uns bons anos, já dava conta dessas mudanças e convinha lê-lo. Na verdade, o que realmente não mudou grande coisa, de 1975 para cá, foi o discurso da politicagem. Como se verá nas próximas emissões da série, os números e os factos irão desmentir essa gente. O programa de António Barreto será o mais cruel desmentido dos profissionais do apocalipse e da política; não porque seja feito contra eles, claro que não. Mas porque é um trabalho sério, profundo e, ainda por cima, bem escrito, realizado e apresentado.

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por FJV, em 28.03.07
Grande Prémio.
João Barrento ganhou o Grande Prémio de Crónica da APE com o livro A Escala do Meu Mundo.

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por FJV, em 27.03.07
|||Ainda Salazar, Salazar!
«O ponto é este, e muito simples: os resultados não merecem análise. O que eles significam e representam é completamente indeterminado.» Obrigado, Pedro Magalhães. É isso mesmo.

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por FJV, em 27.03.07
||| Populismo.
Eu sei, populismo. Mas irrita, não irrita? É um verdadeiro casino royal à volta das empresas onde o Estado mete o dedo.

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por FJV, em 27.03.07
||| Salazar, Salazar.
Outra questão de vida ou morte, segundo parece: a recente vitória póstuma do dr. Salazar não é a primeira. Agradecia que os sociólogos não me maçassem tanto com questões ideológicas tão definitivas como a do triunfo do salazarismo através do televoto. Salazar ganhou o concurso porque é um concurso televisivo; e Cunhal ficou em segundo lugar porque é um concurso televisivo. Os militantes votaram. Mas no caso de Salazar há vários factores. Em primeiro lugar, contou o facto de não ter sido incluído na lista inicial da RTP, claro que contou – e claro que se tratou de censura involuntária. Em segundo lugar, foi tanta a gritaria contra o velho beirão, que as pessoas se irritaram. Em terceiro lugar, foi um voto de protesto (sei que é banal dizer isso, mas não há como fugir à questão). Tirar conclusões acerca de um concurso televisivo? Claro que pode fazer-se. Dá uma imagem do país? Dá. Perguntem às esquerdas que agora protestam o que fizeram de verdade para impedir essa imagem salazarenta do país.

Mas, fora isso, o caso mais surpreendente vinha no JN de domingo: uma repórter foi ao Parlamento perguntar aos deputados da nação em que figura eles votavam: “não responder foi a forma hábil e prudente de a maioria dos deputados evitar entrar em polémicas”, escreve a jornalista – ou, então, eleger o “povo português”... Ora, por que razão não respondeu a maioria dos deputados a essa pergunta simples e banal? Para não se comprometerem. Quase quinhentos anos depois da Inquisição, quarenta anos depois de Salazar, trinta anos depois do 25 de Abril, “não se comprometer” é ainda o melhor – por causa do medo. Por causa do receio em arriscar, em ter uma opinião (mesmo que errada, mesmo que depois se mude), em ser confrontado com outras opiniões.

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por FJV, em 27.03.07
||| Farto da Senhora de Fátima da Ota.
Como quase tudo o que exige respostas racionais entre nós, a questão da OTA é tratada como problema de fé. Há crentes de um e de outro lado. Sou um leigo, entendo pouquíssimo dessas questões técnicas que deviam estar presentes no debate. Compreendo as questões de fé ligadas à OTA, porque são idiotas; mas a contabilidade real de vantagens e desvantagens ainda não a vi. Murmura-se sobre estudos. Fui vê-los. Parece-me que aceitam a hipótese da OTA; mas há dúvidas noutros, há dúvidas. Haverá sempre dúvidas em questões de fé.
Pessoalmente, preferia um aeroporto ao pé da porta e não me apetece andar 50 kms para apanhar um avião para Madrid. Mas, se for na OTA, que ao menos seja decente o acesso, com comboios rápidos e cómodos ao pé da porta. Não me venham é com a ideia de que vamos concorrer com Madrid seja no que for excepto nos voos para o Brasil e, talvez, África. Tantas promessas de futuro lembram-me sempre a Expo, e o melhor que ficou da Expo não está na Expo – são estradas, viadutos, pontes que levam às proximidades da Expo. Portanto, sejam moderados e maneirinhos: precisamos de um novo aeroporto, provavelmente, mas não me venham com a questão da nacionalidade a propósito de duas pistas para Airbus 380 ou com a concorrência com Castela, a Eterna Rival. Façam as contas. Não se trata – não se pode tratar – de uma questão de fé. Ou de compromisso pessoal.

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por FJV, em 24.03.07
||| O cantinho do hooligan. O verdadeiro hooligan. Os belgas, 3.










Os rapazes estiveram bem.

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por FJV, em 23.03.07
||| O cantinho do hooligan. O verdadeiro hooligan. Os belgas, 2.









Os rapazes dos jornais, aqui, em vez de se indignarem com coisas sérias, puseram-se em bicos de pés, histéricos, protestando contra os belgas. Eu, se chegasse a Bruxelas, ou à minha cidade de Antuérpia, e fosse recebido por uma horda de repórteres que me cercavam, invectivavam e exigiam que eu falasse, quando – justamente – eu não queria falar, também os mandava à merda. Os belgas tinham o direito de não querer falar. Tinham o direito de ir para o hotel beber umas cervejas. Tinham o direito de não ser empurrados nem insultados. Mas não. Há sempre alguém que estraga tudo. Deixassem o dr. Madaíl protestar, que era função dele. Mas, entre nós, contaríamos anedotas sobre belgas.

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por FJV, em 23.03.07
||| O cantinho do hooligan. O verdadeiro hooligan. Os belgas, 1.










Peço desculpa por contrariar o tom geral de indignação patriótica, mas esse guarda-redes belga merece o meu aplauso particular: é um herói num país ligeiramente aborrecido (eu gosto muito de Antuérpia). Digamos que ele se distingue bravamente – pediu que dessem duro no Cristiano Ronaldo. E, para corrigir, lamento que ele não tenha dito: “Não, eu não pedi para castigarem unicamente o Ronaldo. Eu pedi para aniquilarem todos!” Isso é que era. Eu levantar-me-ia, aplaudindo. Num mundo em que todos fingem e lutam para serem mais palermas e sonsos do que o vizinho, esse guarda-redes de que esqueci o nome merece aplauso, palmadas nas costas – e que lhe paguemos uma cerveja. Bravo, rapaz! Tu contrarias essa imagem papalva dos belgas! Tu estás à nossa medida. Futebol e estalada, uma bela dupla. E tudo se acabava, indo a rapaziada jogar à bola – esmagando os belgas, leal e convenientemente.

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por FJV, em 22.03.07
||| Portugal na Estónia.
O português João Lopes Marques, que vive em Tallinn, é o novo cronista do Eesti Ekspressi, o principal jornal da Estónia. Já agora, em Maio será publicado o seu primeiro romance, O Homem que Queria ser Lindbergh.

Como se escreve na abertura desta crónica, «Alates tänasest lisandus Eesti Ekspressi veebi arvamuspesa püsikirjutajate hulka Eestis töötav Portugali ajakirjanik João Lopes Marques, kes esimeses loos arutleb Eesti imidži klišeede ja reaalsuse üle». Exactamente.

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por FJV, em 22.03.07
||| Mar pela proa.
Vai bonita a política portuguesa, vai. Nada que nos obrigue a fazer o discurso da virgem ofendida, muito moral e etéreo, sobre a maldade do mundo. Como escreve o Filipe N. V., «o juízo e o mal obedecem à mesma voz». Bom, evidentemente que há uma certa saudade da ordem que antes reinava no mundo da política, quando se identificavam os protagonistas sérios e alguma ideia pelo meio.

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por FJV, em 22.03.07
||| Lei do vazio.
Na Alemanha, um conflito de interpretações acerca de um caso de divórcio e violência doméstica. Vale a pena ler a notícia para, de seguida, reflectir sobre o disparate que vai pelo mundo fora.

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por FJV, em 22.03.07
||| Reordenar o mundo.
Os ecologistas e amigos dos animais pediram que este urso polar fosse executado no Zoo de Berlim. A razão: «Si una madre osa polar rechaza a su hijo, entonces creo que el zoo debería seguir los instintos de la naturaleza.» Os fascistóides querem sempre reordenar o mundo. Mas nunca se sabe, nunca se sabe.

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