Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



...

por FJV, em 31.08.06
||| Revista de blogs. Questões com a literatura.
«Se a questão não fosse central, Cervantes não se daria ao trabalho de vir a terreiro desvalorizá-la, realçando que o importante é que no decorrer da história não nos arredemos um til, ou um triz, da verdade verdadeira: qual o verdadeiro sobrenome do fidalgo? Quixana, como afiança Aquilino? Quijana, como insiste Miguel Serras Pereira seguindo a lição da Real Academia Española? Ou Quejana, como se descobre numa edição da Alba Libros, S.L., em capa dura e acompanhada dos conhecidos desenhos de Gustavo Doré?»
{José Carlos Barros, no Casa de Cacela.}

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 31.08.06
||| Aniversário, etc.









Obrigado, a sério, pelas mensagens de «bom primeiro aniversário, etc», nos blogs ou por mail: ao Blasfémias, O Insurgente , Eduardo Pitta, Sérgio Aires, Filipe Nunes Vicente, João Gonçalves, Jorge Marmelo, Tiago Barbosa Ribeiro, Luís Aguiar-Conraria, Bruno Alves, Carla (Bomba) Quevedo, ao Corta-Fitas, Jorge Ferreira, George Cassiel, Tomás Vasques, André Carvalho & Geração Rasca, à Rititi Barata Silvério, Nuno Vargas, Sofia Bragança Buchholz, Diogo Ferreira, ao Pseudónimo, à Atlântico, Miss (Isabel) Pearls, Almocreve das Petas, Rui (Adufe) Branco, José Carlos Barros, Filipa (Miss Springs), José Nunes, Gonçalo Soares, Miguel Marujo, Francisco, Espumadamente, A. Lopes Cardoso, Revisão da Matéria, Anarco-Conservador, Miniscente, Diogo Dias, enfim.

E, entretanto, felicitemos o Blogame Mucho, por mais um aniversário.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 31.08.06
||| Manuais escolares. Comentários.
Sobre a questão dos manuais escolares:
«Os manuais portugueses são caríssimos e inadequados. Ao longo dos anos, no estrangeiro quando vou às livrarias, inspecciono a secção ensino. Este ano fiz o mesmo. Vi manuais de qualidade, bem apresentados e com conteúdo. Assim: não precisam de cores; são de papel reciclável; de volume e tamanho adequado. Um manual é para ser "manuseado". Os manuais portuguese são obras. Já consultou alguns? Se puder, observe de disciplinas várias. Analise o volume e peso dos mesmos. Figuras enormes (para quê?);conteudos supérfluos; etc.» [João Moreira]

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 31.08.06
||| O texto dos jornais. Comentários.
Sobre a percentagem de texto nos jornais:
«É bom, finalmente, ver alguém a colocar o dedo na ferida, e de forma irónica, em relação à «decisão» da imprensa generalista (aliás, já é praticamente toda), mesmo da dita «de referência», em encurtar textos por alegadamente os leitores não gostarem de ler ou de não terem tempo para ler ou por outras justificações estapafúrdias. Se os leitores deixam de ler jornais é apenas por duas razões: ou as notícias já não são interessantes (e isso nota-se nos primeiros quinze segundos de leitura), porque os jornais devido aos cortes de investimento acabam por ser meras caixas de ressonância das fontes oficiais ou «repetidores de telejornais»; ou a estratégia de encurtar textos (que já vem de longe) leva a que os jornalistas não consigam sequer dar algum valor acrescentado à notícia.
Aliás, não deixa de ser curioso (e suicida, a prazo) que o encurtamento dos textos dos artigos se fez simultaneamente ao alongamento dos títulos, a tal ponto que está toda a informação essencial no título (e/ou no lead) não sendo necessário ler o artigo (ainda há-de surgir o dia de um jornal apenas com títulos). Daqui advém, do ponto de vista comercial, um perigo: o tempo que o leitor demora a passar de uma página para outra, cada vez mais encurta, o que também «encurta» o tempo de exposição da publicidade aos olhos do leitor. Quando os anunciantes repararem neste efeito, não ficarão satisfeitos com o investimento.
Além disso, a aposta em encurtar textos é perigosíssimo para a qualidade do jornalismo e dos jornalistas. Encher dois ou três mil caracteres, qualquer um consegue, com a mais banal das notícias. E começa a facilitar-se (na verdade, já acontece na generalidade): opta-se por escolher «notícias rápidas» (as que não necessitam de qualquer investigação ou de confrontação) em detrimento dos temas mais elaborados. Daqui advém que não vale a pena um jornal (mesmo os ditos «de referência») apostar em investigação, nem sequer em jornalistas de investigação. Por um serviço mais barato (encher dois ou três mil caracteres), fazem o jornal. Um mau jornal, claro. Para terminar, sinceramente acho que os «técnicos da edição» apenas reagirão, não quando as queixas dos leitores se avolumarem, mas quando os anunciantes (que pagam o jornal) começarem a desinvestir ainda mais. Só nessa altura, em que os jornais de referência estarão iguais aos gratuitos, os «técnicos da edição» acordarão. Alguns acordarão no desemprego, pois enterraram financeiramente os próprios jornais. E os jornalistas, esses, ganharam tantos vicíos que muitos já deixaram de saber como se faz um texto de 10 mil caracteres. Daqueles que os leitores até gostariam, afinal, de ler.» [Pedro Almeida Vieira]

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 30.08.06
||| Diálogo.
Tomás Vasques enuncia o princípio do marxismo lusitano.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 30.08.06
||| Final de Agosto.
Esta espécie de blog dura já há um ano, o que é ligeiramente absurdo, mas enfim.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 30.08.06
||| Naguib Mahfouz (1911-2006).









Morreu o cronista do Cairo. Em português pode ler-se A Vela de Midaq (edição Afrontamento). Omar Abdel Rahman, líder islâmico egípcio, condenou-o à morte em 1987, um ano antes de ter recebido o prémio Nobel. Em 1994, é apunhalado por um militante fundamentalista -- nunca recuperou desse atentado, que quase o cegou e lhe paralisou um braço. Mesmo assim, em 1996 é de novo condenado à morte pelos grupos fundamentalistas islâmicos da região através de uma fatwa que renova a condenação anterior.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 29.08.06
||| Agir em bloco, desta maneira, é coisa de malfeitores.
Isto sim, é escandaloso: há livrarias que só vendem os livros escolares a quem encomende todo o conjunto de manuais de um aluno. A venda de manuais escolares, toda a gente sabe, é um grande momento para a vida das livrarias em geral, tal como a chamada feira do livro é um grande momento para a vida do stock de muitos editores. Mas nada autoriza que as livrarias exerçam o seu poder de grémio desta forma, quem sabe se com a ajuda dos mecanismos dos próprios editores. Que têm as livrarias de decidir sobre as compras ou encomendas de livros dos seus clientes? Quem as autoriza a decidir sobre as listas de livros de uma escola, de um aluno ou de quem quer que seja? Essa pressão absurda sobre os consumidores é manifestamente imoral, mesmo que não seja ilegal. E se não for ilegal é imoral na mesma.
Imagine-se o caso de alguém que precisa de um manual de História do 9º ano: «Queria o manual x de História para o 9º ano, edição da y.» «Não vendemos.» «Mas está ali.» «Eu sei, mas só vendemos o conjunto completo de livros.» «Qual conjunto completo de livros?» «O conjunto de livros de cada aluno.» «Mas o que é que os senhores têm a ver com os livros que o meu filho precisa?» «Nós é que sabemos.»
Em muitos casos trata-se de livrarias que, ao longo do ano, armam o «discurso da queixinha», sobre como vai mal o mercado e sobre como está difícil a vida -- mas nesta altura do ano abusam da sua posição e da quase absoluta fragilidade dos pais e encarregados de educação. Livrarias? Bah.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 29.08.06
||| Actualização dos manuais escolares.
1. Os manuais escolares são caros. Têm de ser caros: são impressos a quatro cores; o papel usado é caro; as encadernações, plastificações e florilégios de design gráfico são caros. A tecnologia evoluiu, mas o desperdício e a exigência do negócio tornaram os manuais caros demais. E pesados.

2. Vasco Teixeira, da Comissão do Livro Escolar da APEL, disse hoje ao Público que «agora Plutão deixou de ser planeta e em breve a União Europeia terá 27 membros», o que irá impedir que os manuais, ou grande parte deles, se mantenham pelo período de seis anos. Sim, daqui a quatro anos vai descobrir-se que D. Afonso Henriques não foi o primeiro rei de Portugal e que a Terra, afinal, é plana e tem um precipício lá ao fundo, como no filme dos Monty Python.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 28.08.06
||| E outras leituras.
Com especiais recomendações. Alguns textos têm versão em inglês. بسم الله الرحمن الرحيم
اللهم عجل لوليك الفرج و اجعلنا من اعوانه و انصاره .

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 28.08.06
||| Mais leituras recentes.










Desde a edição de Junho que a Playboy brasileira tem estado vetada: as suas previsões para o Mundial de Futebol falharam redondamente – sem falar de que, nessa edição, a revista vaticinou uma derrota de Portugal com a Argentina. Foi com prazer que a edição de Agosto já compareceu à mesa de leitura. Não pelas fotos de Flávia Alessandra, não, claro que não (embora tenha um texto notável de Ruy Castro a propósito, vem na página 156), nem pela magnífica entrevista com Fernando Henrique Cardoso (para quem se interessa, vem na página 73 e FHC é explosivo), nem pelo panorâmico artigo sobre literatura de espionagem (ah, página112), mas pela comemoração dos 31 anos da revista, o que inclui (da página 183 em diante) a apresentação de damas que também completam 31 anos, com lembranças de Drew Barrymore, da Jolie, da Longoria, da Jojovic, da Winslet, da Witt, enfim). Para completar a informação bibliográfica, o ISSN é o 01041746. Tudo com profissionalismo.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 28.08.06
||| Ler.
Muitos amigos meus se escandalizam com a ideia, manifestada pelos responsáveis do Expresso, de retirar 30% da mancha de texto à sua edição a partir de Setembro. Não sei se é caso para escândalo. Repetindo o que «os técnicos de edição» têm vindo a dizer atabalhoadamente: as pessoas querem o essencial e cansam-se com muito texto. Infelizmente, isto é não perceber exactamente o essencial: que lentamente vão transformando a imprensa num gigantesco suplemento, de textos curtos, de imagens que supostamente explicam o que o texto devia contar (mas não pode, pela simples razão de não estar lá), de referências rápidas ao que é complexo mas que os jornais não querem arriscar explicar. Sem menosprezo pelos autores das imagens, eu acho que se um jornal diminui drasticamente o seu texto devia, também, baixar o preço de capa. Mas deixem: um dia, a tendência muda. Nesse dia, os «técnicos de edição» vão perceber as queixas dos leitores que dizem que «o jornal [qualquer um] não tinha nada para ler». Literalmente.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 28.08.06
||| Segunda-feira.
A coluna do JN às segundas-feiras; hoje, futebol e Günther Grass. Matérias em atraso.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 28.08.06
||| Pedagogia & didáctica.
Antes que comecem as inevitáveis reportagens sobre o stress das criancinhas em época pré-escolar com as também inevitáveis cargas de cavalaria sobre a consciência dos pais, acusando-os de coisas ignóbeis, o Público de hoje anuncia um estudo que confirma que «crianças sobrecarregadas com actividades não são mais stressadas do que as outras» (link para assinantes). Gosto quando os especialistas em culpabilização são desmentidos.
[Actualização: link no Público online.]

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 28.08.06
||| Solidariedades.
O André A. Alves publicou há dias este post, no O Insurgente. Essa é uma realidade cada vez mais marcante na América Latina de hoje, sobretudo depois das jornadas de solidariedade entre Chávez e Ahmadinejad sob o pretexto da criação de um novo bloco de influência. A manifestação em Buenos Aires não só ocupou a Av. Figueroa Alcorta durante todo um fim de tarde para impedir (sob o olhar da polícia) a manifestação contrária e para se solidarizar com o Irão -- como as investigações sobre os atentados contra a comunidade judaica local, de que resultaram dezenas de mortos há anos, nunca tiveram sequência.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 27.08.06
||| Sean, meu bom Sean.











Eu sabia que teria de haver uma boa razão para a tua boa saúde.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 25.08.06
||| Jorge Luis Borges.













Aniversário ontem.



Ajedrez

I

En su grave rincón, los jugadores
rigen las lentas piezas. El tablero
los demora hasta el alba en su severo
ámbito en que se odian dos colores.

Adentro irradian mágicos rigores
las formas: torre homérica, ligero
caballo, armada reina, rey postrero,
oblicuo alfil y peones agresores.

Cuando los jugadores se hayan ido,
cuando el tiempo los haya consumido,
ciertamente no habrá cesado el rito.

En el Oriente se encendió esta guerra
cuyo anfiteatro es hoy toda la tierra.
Como el otro, este juego es infinito.

II

Tenue rey, sesgo alfil, encarnizada
reina, torre directa y peón ladino
sobre lo negro y blanco del camino
buscan y libran su batalla armada.

No saben que la mano señalada
del jugador gobierna su destino,
no saben que un rigor adamantino
sujeta su albedrío y su jornada.

También el jugador es prisionero
(la sentencia es de Omar) de otro tablero
de negras noches y blancos días.

Dios mueve al jugador, y éste, la pieza.
¿Qué Dios detrás de Dios la trama empieza
de polvo y tiempo y sueño y agonías?

-------------------------

Anteontem, isto.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 15.08.06
||| No sul do hemisfério sul.













Por estes dias, para lá do Río de la Plata.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 15.08.06
||| As primeiras frases.
O André Moura e Cunha reúne, no seu blog, «frases de abertura de obras de ficção escritas ou traduzidas em português». Ou seja: as primeiras frases de romance. Bela ideia e bons exemplos.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por FJV, em 14.08.06
||| Tudo.













Borboletas à noite.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Pág. 1/4




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.