por FJV, em 20.07.06
||| Bach.João Gilberto Noll é um dos
escritores brasileiros que vale a pena conhecer, ou seja, ler. Elegante, trabalhador, fino -- e um nomadismo que nunca o impediu de escrever. E, de súbito, a revelação: Bach. Ao pronunciar a palavra, o nome, os olhos ficam brilhantes. Bach. O nómada convertido à matemática, à poeira, ao génio, ao som que paira sobre as araucárias (havia araucárias, não tenho culpa). Tenho pena que grande parte dos escritores portugueses sejam tão imunes à música. Mesmo que tivessem araucárias não escreveriam sobre música.
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por FJV, em 20.07.06
||| Cultura popular.
Cultura popular é encontrar, numa rua, a R$8 (oito-reais-oito) um dicionário de citações de Shakespeare, 150 páginas organizadas por Sérgio Faraco, edição L&PM.
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por FJV, em 20.07.06
||| Revista de Blogs. Exactamente.«A minha geração sofreu três gravíssimas contrariedades: primeiro aprendeu o mundo pelos compêndios do salazarismo. Depois pela vulgata marxista. A seguir veio o ruído insuportável do
entertainment.»
{Luís Januário, no A Natureza do Mal.}
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por FJV, em 20.07.06
||| Obrigado, lembrança.Eduardo Pitta sugere a leitura de
As Qvybyrycas, de Frey Ioannes Garabatus (aliás, João Pedro Grabato Dias), impressas em Moçambique, corria o ano de 1972. Obrigado, Eduardo.
Post imperdível de E.P., sobre os Morangos da TVI e os morangos do Grande Sertão.
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por FJV, em 20.07.06
||| Charuto.
Antônio Carlos Magalhães, o ACM, proibiu o candidato do PFL na Bahia de fazer campanha mostrando o charuto que usa habitualmente. «Eleitor não gosta», diz o cacique. Mudança dos tempos, quando o velho cacique se especializa em marketing eleitoral.
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por FJV, em 20.07.06
||| Que merda.
O jornalismo nobre imita o jornalismo do «Fantástico». Para quem não sabe, o «Fantástico» é um dos mais antigos «programas de jornalismo» da Globo, e festejou, para gáudio geral, a «leitura labial» em treinadores e jogadores de futebol. Durante o Mundial, foi uma festa e até Scolari teve direito a interpretação (pouca sorte não o terem apanhado a dizer palavrões em gauchês). Zidane e Materazzi foram estrelas mas parece que as leituras falharam (os ingleses, chatarrões, iam transformando o diálogo entre os dois numa disputa política profundíssima). Uns dia fora da pátria e deixei passar a cena de Bush & Blair. Ah, escândalo. Clóvis Rossi, na Folha de S. Paulo, brincou indignado com «a merda» logo na página dois. A Globo e o SBT também já, em tempos, tinham instalado microfones juntos dos bancos de suplentes nos jogos de futebol. O mundo ficou petrificado com a alusão «àquela merda». A imprensa paulista, muito séria, discutiu se se devia imprimir a palavra completa. Que merda.
Sei que esta merda não se devia dizer, mas tenho saudades de Clinton. Ele dizia merda na mesma. Fingia que chorava, diante das câmaras -- como Nixon, o expert em lágrimas. Fingia que fumava (é bem feito, porque ele deu guarida aos anti-fumadores chiques). Fingia que não tinha sexo com estagiárias. Fingia que era de outra maneira. Mas eu tenho saudades de Clinton porque esta gente anda chata. Tenho. Sei que é inadmissível, mas tenho.
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por FJV, em 20.07.06
||| Revista de Blogs. Da natureza do Inferno.
«Encontramo-nos no Inferno: Os meus homens querem uma amante uma vez por semana, sexo sem limites, nada de telefonemas nem de paixão. As minhas mulheres querem carradas de conversa e de interesse pelas suas "personalidades interiores", muitos e-mails e "toques", vulcões de paixão e algum sexo ( sim, que não são parvas).»
{Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado}
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por FJV, em 20.07.06
||| Afrodite.Para quem não se lembra, para quem não conhece ou para quem quer relembrar, aqui está um
blog sobre as edições Afrodite, de Fernando Ribeiro de Mello.
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