||| Figo.
E Figo entrou no final a fazer o passe para Nuno Gomes (por momentos ainda temi que o casmurro metesse Postiga): barba por fazer, arrancado à sesta, despenteado, quase estremunhado, lá foram buscá-lo para tentar fazer alguma coisa. E ele fez. Figo, como Ronaldo, é a prova de que não vão conseguir impor aquele futebol sem arte, sem imaginação e sem originalidade (o da Inglaterra, por exemplo). Pode haver “espírito de grupo” (como os peregrinos à Santa), “união no grupo de trabalho” (como se fosse uma comissão excursionista) e até burrice promovida a estratégia ganhadora – mas sem talento não há golos. Por isso foram arrancar Figo ao divã: porque, a dez minutos do fim, precisavam de futebol. Apesar de haver gente satisfeita por ver equipas bípedes transformadas em quadrúpedes.