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por FJV, em 26.05.06
||| Vai ser um problema. Antes eram sabonetes e presidentes.
«Beijo gay nas mãos da administração: a administração da SIC vai decidir nos próximos dias se os portugueses poderão ver um beijo gay [...]»

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por FJV, em 26.05.06
||| O cantinho do hooligan. Já agora.
Rui Costa voltou ao Benfica. Isso é mau, porque era uma das minhas piadas preferidas: a de todos os anos, em Julho (segundo A Bola), o Benfica ser campeão e ter o Rui Costa. Durante cerca de oito anos, o Rui Costa regressava ao Benfica na primeira página; mas não vinha. Finalmente regressou. Não acho que ele regresse «para a reforma» -- Rui Costa ainda joga e ainda dá lições de futebol. Vai, provavelmente, ser um dos jogadores da temporada no Benfica. Vai jogar melhor e ser mais eficaz do que as meninas. Também é provável (menos) que vá ser trucidado. Mas não julguem que está «acabado».

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por FJV, em 26.05.06
||| Limpar comentários. Tons & comentários.
O papel dos comentários num blog é, reconheço, o de admitir uma certa interactividade. Mantenho os comentários como uma outra opinião sobre o assunto e, quando escrevo lá, é para corrigir afirmações ou para recentrar a discussão -- nunca para voltar a reafirmar a minha opinião; essa já consta do post. No anterior blog, o Aviz, a certa altura houve uma catadupa de comentários abjectos, insultuosos e excessivos -- e acabei com eles. Não valia a pena abrir o blog para essa pequena multidão de pessoas que até a insultar dá erros ortográficos. Neste blog, pelo contrário, optei por abrir a caixa de comentários e por manter esse princípio de não interferir na discussão a não ser que aquilo que eu disse esteja a ser deturpado. As opiniões são baratas e livres, se bem que toda a gente possa abrir um blog.
Muitas vezes sou tentado a fazer posts de alguns desses comentários -- porque são muito bons e acrescentam dados à discussão, mesmo quando ou até quando ou sobretudo quando não estão de acordo com aquilo que escrevi.

2. Ontem, por exemplo (a propósito de Timor), um leitor (que manifestamente não tinha compreendido a questão) publicou um comentário: que eu era um asno, que nunca mais vinha cá, etc. Hoje, o comentário desapareceu; não fui eu a retirá-lo. Nunca retirei um comentário, mas acho que existe esse direito. Em certa medida, os blogs seleccionam os comentários -- não são salas de chat. É aquela regra básica: quem abre as portas, corre riscos. A menos que se perceba que para lá da porta há um certo tom que está acima da baderna.

3. Há sempre uma excepção: o futebol. [Minto, há duas; outra é o Médio Oriente e a questão israelo-árabe.] Mas é um risco que corro. Ontem, dois homens do Benfica (um deles foi treinador, outro foi dirigente) diziam-me que eu era um verdadeiro hooligan, um fundamentalista do FCP. Em resposta mencionei uma equipa de trincos (à medida do engenheiro) a servir o Rui Costa e o Laurent Robert. Acabámos a rir. Eu rio. Os comentários sobre futebol não riem. As pessoas levam-se a sério sobre esta matéria, o que é bom para os jornais desportivos (vejam os últimos dois editoriais de A Bola e do Record). Eles levam-se muito a sério. Ontem, Vítor Serpa ficava satisfeito por «arrasar» Pacheco Pereira, a quem acusava de «elistista», por não gostar de futebol -- como se fosse um pecado (a não ser para o seu negócio de manchetes a vermelho que nos últimos 5 anos inventou catorze treinadores e mais de trinta novos jogadores de primeiro plano para o Benfica). Alexandre Pais elogiava Scolari por ter escolhido «estes 23», depois de ter visto os sub-21. Gente séria. De tom sério. O país da «Bancada Central» é sério. Sério e circunspecto até ser chato. Quero lá saber.

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