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por FJV, em 20.05.06
||| Revista de blogs. Da satisfação.
«Se arranjo namorados de 30 anos gostaria que pensassem como aos 40, e queixo-me; se calha terem 40, daria tudo para que pensassem como aos 30, e queixo-me.» [...] «Quanto ao sexo, a coisa é simples. Primeiro, explico os tabus. Tudo o que sobrar é permitido. As actividades terão de decorrer sem pressa, mas fogosas. Se não acabarmos ao mesmo tempo, convém que seja eu a primeira.»
{Isabela no O Mundo Perfeito.}

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por FJV, em 20.05.06
||| Revista de blogs. Antes de Évora Monte.
«Existe uma grande divisão política entre a assistência à reabertura da praça de touros do Campo Pequeno: uns serão absolutistas, outros liberais.»
{No Crónicas das Horas Perdidas.}

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por FJV, em 20.05.06
||| Bucolismo.
Não deixe de ler este texto do Rui Ângelo Araújo: «Bucolismo e camisas-de-vénus».

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por FJV, em 20.05.06
||| Antes, muito antes, da «onda sangrenta das escrituras». Uma grande leitura.














O novo livro de Harold Bloom, em tradução via Brasil: Jesus e Javé. Os Nomes Divinos (edição Ojetiva):
«Deplorar a religião é tão inútil quanto celebrá-la. Onde encontrar a transcendência? Temos as artes: Shakespeare, Bach e Michelangelo ainda bastam para a elite, mas não bastam para o povo. Javé, seja lá como for chamado, inclusive de Alá, não é a divindidade universal de um planeta que se encontra conectado por meio da informação instantânea; contudo, Javé permanece, em quase toda a parte. Jesus está mais próximo da universalidade, mas seus mil disfarces são tão desconcertantes que chegam a desafiar a coerência. Freud, o derradeiro profeta vitoriano ou eduardiano, subestimava Javé, Jesus e Maomé. Considerava-os quiméricos, e não via para eles grande futuro. Parece irónico que o maior dos génios judaicos (ao menos, desde Jesus) não tenha sido capaz de vislumbrar a força permanente de textos que não podem desaparecer: a Tanakh, o Novo Testamento, o Alcorão. Se me fizessem a célebre "pergunta da ilha deserta", eu seria obrigado a escolher Shakespeare, mas o mundo continua a afogar-se na onda sangrenta das escrituras, lidas ou não por ele. [...] Mas acontece que actualmente costumo despertar sobressaltado, às vezes entre a meia-noite e as duas horas da madrugada, porque tenho pesadelos em que Javé aparece na forma de vários seres, desde um Dr. Sigmund Freud que fuma charutos de Havana e se veste em estilo eduardiano, até ao Ancião sisudo e enérgico que consta do Livro de Daniel. Arrasto-me escada abaixo, melancólico e calado, e tomo chá com pão escuro enquanto leio passagens da Tanakh, excertos da Mishnah e do Talmude, bem como os textos perturbadores que constituem o Novo Testamento e A Cidade de Deus, de Agostinho. Em dados momentos, ao escrever este livro, só posso defender-me murmurando a máxima de Oscar Wilde, de que a vida é demasiado importante para ser levada a sério. Javé, lamento acrescentar, é por demais importante para ser ironizado, mesmo que a ironia possa parecer-lhe tão natural como o é para o príncipe Hamlet. [...] Prefiro mil vezes a ideia de William Blake -- "Pois que tudo o que vive é santo." -- ao Javé do Deuteronómio, obcecado pela própria santidade, mas nem o fervor de Blake nem a minha melancolia são capazes de afectar o anseio humano por transcendência. Buscamos a transcendência secular na arte, mas Shakespeare, o artista supremo, esquiva-se do sagrado, sabiamente cônscio dos limites da reinvenção do humano por ele efectuada. [...] A necessidade (ou ânsia) de transcendência talvez seja uma grande ignorância, mas sem ela estaremos propensos a nos tornarmos meras máquinas de entropia. Javé, presente e ausente, tem mais a ver com o fim da confiança do que com o fim da fé.»

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por FJV, em 20.05.06
||| O Prémio Camões.
O Prémio Camões para Luandino Vieira não é totalmente surpresa. A declaração de Eduardo Lourenço é, por isso mesmo, importante -- porque manifesta alguma surpresa. Mas no geral está de acordo com a tendência de rotatividade da distinção, que é uma espécie de prémio de carreira que continua a explorar o anti-fascismo e as efemérides. Os angolanos David Mestre (um dos grandes poetas angolanos entretanto desaparecido no meio do ódio que lhe votava a associação de escritores angolanos, que na hora da morte preferiu lembrar «a vida que ele levava» -- por isso a sua estada em Portugal era de exílio) e José Eduardo Agualusa lembraram já este e outros pormenores muito mais críticos em relação ao prémio. Neste caso (Luandino), a justificação encontrada pelo júri não tem nada a ver com a literatura, a arte ou seja o que for que lhe esteja relacionado. Trata-se de uma homenagem estratégica apenas. É o destino dos prémios como este. Discutir o quê?

P.S. - Eu até colocaria a hipótese de distinguir João Vário, um notável poeta caboverdiano (o investigador de biologia e imunologia João Varela).

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por FJV, em 20.05.06
||| Chico, mais. 2.










«Você pensa na velhice, sente ela chegar? Ela vai chegando, vai se instalando aos poucos, tem umas coisinhas que você vai percebendo, uma mazelazinha ali que não tem jeito, é assim mesmo. Mas não estou me queixando, não. Você tem medo da morte? Medo não, mas quero distância [risos]. Acho que com saúde, fazendo as coisas direito, dá para viver um bocado mais. Gostaria de viver com saúde e imaginação, com vontade de criar coisas. Noventa e tantos anos e virando a noite por causa de uma música, um livro. Formidável. Posso morrer assim.»

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por FJV, em 20.05.06
||| Chico, mais.











«A crítica da imprensa já te incomodou no passado, ao ponto de afetar sua produção. Como você lida com isso hoje? Nos anos 80 foi barra-pesada. Você cansa, né? Tomando muita porrada, você vai perdendo a vontade de se expor a mais porrada. Eu tinha de ler o Jornal do Brasil com capacete, porque tinha porrada em tudo que era seção. Até a seção de gastronomia dava porrada. A Folha de S.Paulo, numa época, também era uma coisa barra-pesada. Isso, durante uns dez anos, foi muito chato. Principalmente uma certa imprensa paulista muito, muito agressiva. Depois melhorou um pouco. Hoje, não sei. Às vezes tenho a intuição de que algo está se armando [risos], que estão ali atrás, na esquina, espiando, “ele vai passar agora”, prontos para dar porrada.» [Trip]

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por FJV, em 20.05.06
||| Para a amiga da Vanessa.









Estas são as duas capas alternativas para a edição de Maio da Trip. Para mim, comprei a da direita; fiz um esforço e comprei a da esquerda para a amiga da Vanessa. Acabo de ceder a minha ao viajante catalão.











«Você brochou? Claro que já. Todo mundo já brochou, menos o Ziraldo [risos]. Ele diz que nunca brochou. Isso faz tempo. As pessoas falam muitas coisas. Tem outro que falou que teve mil mulheres. Eu digo: “Bom, mas, então, não foi bom nunca, para comer mil”. O cara não é velho, tem vinte e poucos anos, e comeu mil. Mesmo que tenha comido uma por dia... Não acho uma vantagem comer mil mulheres.»

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