||| De repente.De repente, a caixa de correio ficou cheia de mails de amigos esclarecidos que tentam salvar-me do descrédito por ter escrito
este post miserável acerca da discriminação negativa dos celibatários e das famílias pouco numerosas. Os argumentos são sérios e mencionam a necessidade de salvar a segurança social e as reformas do futuro através do incremento da reprodução. Um leitor diz que o meu BMW (que eu nunca terei) circula pelas auto-estradas porque o Estado paga aos trabalhadores que as constroem. Outro diz que a nossa demografia está pelas ruas da amargura e que é preciso, suponho, que nos reproduzamos. Outra diz que eu sou um egoísta (entretanto saiu o meu artigo no JN sobre o assunto) e que o futuro espera de nós que sejamos, no mínimo, numerosos. Eu concordo com todos, por conveniência do debate. Mas agradeço que me deixem duvidar de que a reforma da segurança social vai aumentar a taxa de natalidade.