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por FJV, em 22.04.06
||| Obrigado, ó nórdicos.
«As estações públicas da Dinamarca, Suécia e Noruega rejeitaram participar na versão infantil do Festival Eurovisão da Canção por considerarem que o espectáculo se tornou muito comercial, com demasiadas barrigas à mostra e mini-saias. Os responsáveis das TV escandinavas acusam o certame de ter deixado de ser um espectáculo para crianças. O Festival da Eurovisão júnior começou em 2003 e pretende imitar o Festival da Eurovisão com adultos, pondo crianças entre os oito e 15 anos a cantar.» No Público de hoje.

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por FJV, em 22.04.06
||| Números, 2.
Ver o post do Rui Branco acerca deste assunto.

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por FJV, em 21.04.06
||| Nós, o Estado.
Rui Pena Pires chamou a atenção para um artigo de José Lello, no Público de segunda-feira (transcrito aqui, para não assinantes do Público). É um artigo muito importante pelo que deixa supor. Confesso que simpatizo bastante com Lello pessoalmente, mas esta ideia de que os portugueses não podem falar sobre Angola senão para defender os interesses de ambos os Estados, parece-me esdrúxula:
«O que muita imprensa e opinion makers mais gostam de focar são os problemas de corrupção, da falta de democracia e da violação dos direitos humanos. Estão de tal forma obcecados nesse registo que não se percebe bem se estão mesmo interessados em descodificar os contornos reais da actualidade angolana e se estarão verdadeiramente determinados em apoiar a reconstrução nacional, a reinserção social e a normalização política e cívica que a paz tornou possível. [...] É preciso bom senso nesta floresta opinativa e, por vezes, nas cortinas de fumo que se pretendem lançar sobre Angola, que só prejudicam desnecessariamente a percepção e as relações entre os dois países. Se Portugal não faz juízos de valor em relação a outros países, porque simplesmente não tem de se intrometer nos assuntos internos de Estados soberanos, por que razão havia de o fazer em relação a Angola?»
Meu Caro José Lello: depreendo que o último livro de Pepetela, por exemplo, é uma grande prova de falta de patriotismo do escritor angolano, ao preocupar-se com «a corrupção, a falta de democracia e a violação dos direitos humanos». E que a obra de José Eduardo Agualusa, que se preocupava com «corrupção, falta de democracia e violação dos direitos humanos» quando ainda o PS cabeceava entre UNITA e MPLA, é totalmente anti-patriótica. Evidentemente, como são angolanos, o Estado local pode tratar-lhes da saúde à vontade.
Eu compreendo, toda a gente compreende a natureza do negócio com Angola e a sua delicadeza. Mas não vale a pena reeditar a «doutrina Freitas do Amaral sobre os cartoons» a propósito de Angola.

(O Rui Pena Pires tinha já comentado a significativa reacção de outro dirigente partidário, Jorge Coelho, que achava que «nenhum de nós tem o direito de estar agora a definir como deve ser a governação de Angola». Como se confirma, a «doutrina» está a ser adoptada aos poucos. Um dia destes alguém vai dizer que «nenhum de nós tem o direito» de pensar que a Rainha de Inglaterra tem o nariz pequeno. E tem.)

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por FJV, em 20.04.06
||| Revista de blogs. Os meus amigos budistas.
«Sinto profunda inveja de amigos calmos, que se conhecem e não se preocupam com essas coisas, que lêem um livro de cada vez (eu não me lembro qual foi o último romance que eu li inteiro, parei em Seymour e não consigo voltar, a família Glass me deixa deprimida, contente, mas deprimida, ou contente, deprimida, mas contente). São todos budistas. [...] Eles insistem que eu preciso de um conflito mas nunca é de uma maneira budista.»
{Nico Hideyo, no Million Dollar Kiss.}

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por FJV, em 20.04.06
||| Comentários.
José Pacheco Pereira, hoje no Público sobre as caixas de comentários nos blogs.

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por FJV, em 20.04.06
||| Parlamento, 2.
Depois das faltas dos deputados (naturalmente que já tinha havido situações idênticas), tanto o PS como o PSD avançam com a ideia de impor regras mais duras e formas de controle mais apertadas no parlamento (já estamos a ver Alberto Martins e Marques Guedes a percorrer os corredores, de lápis na mão). E com conselhos de ética, vigilância e disciplina. E com normas de comportamento, moral e o costume. Ó Portugal, se fosses de plástico e acrílico eras muito melhor! Esta gente sonha com leis que não cumpre, com retratos que não tirou, com regulamentos que não se aplicam, com vergonha que não tem. Não era mais fácil recuperarem o bom-senso em vez de nos tomarem por parvos?

Ou trata-se de reduzir a ética parlamentar ao controle das votações?

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por FJV, em 20.04.06
||| Parlamento.
O silenciamento de Santos Cabral, ex-director da PJ, deixa no ar todas as perguntas colocadas pela oposição. E deixa Vitalino Canas, mais uma vez, na posição de controleiro extemporâneo (já o fora na questão dos cartoons...). A limpeza de opinião e a censura a Santos Cabral deixam muitas dúvidas sobre tudo o que o ministro da Justiça disse no parlamento. E deixam muitas dúvidas sobre o que pessoas assim podem fazer com uma maioria absoluta. Neste caso, de acordo com Vital Moreira.

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por FJV, em 20.04.06
||| More.
Lançamento da edição (para bibliófilos) de Utopia III, da autoria de J.V. de Pina Martins e Miguel Mark Hytlodew. Partindo da Utopia, de Thomas More, os autores descrevem o modo de vida, a educação e os usos e costumes, em finais do séc. XX, do povo cujos leis e civilização no princípio do séc. XVI tinham inspirado aquele filósofo inglês. Referem ainda o que, no Portugal do séc. XX, mais os impressionou, positiva ou negativamente, destacando as obras sociais de assistência aos diminuídos mentais existentes no Entre Douro e Minho. O livro, publicado pela APPACDM de Braga foi o último dirigido por Félix A. Ribeiro, mestre das Artes Gráficas falecido em Dezembro de 2005.
(Via Henrique Barreto Nunes)

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por FJV, em 19.04.06
||| Enquanto não chovia.







A homenagem, a lembrança. Mais nada.
(Esta noite no Rossio às 21h20.)

(Ver aqui a notícia do Público sobre a concentração às 19h00, no Largo de S. Domingos.) (Ver o texto do Rui Branco, no Adufe, sobre a mesma cerimónia.)

(Aqui, texto de Luís Januário, no A Natureza do Mal.)

Adenda 1: Não estive na cerimónia das 19h00, portanto, como aliás já tinha dito antes. À noite, tanto eu como o Ricardo ficámos impressionados diante da praça quase vazia, tirando os turistas que passavam com a poeira da chuva miudinha. Bastava aquele conjunto de velas acesas, abandonadas, juntamente com as que me foram sendo anunciadas ao longo do dia, por mail, em Madrid, Los Angeles, N. Y., Toronto, Barcelona, Porto, Faro, Bragança, Almeida, Paris, Bruxelas, Vila Flor, Chaves, V.N. Foz Côa, Guarda, Coimbra, Castelo de Vide, Évora, Aviz, Ponta Delgada, Maputo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Buenos Aires, São Paulo, Washington, Díli, Tavira, Vila Real, Londres, Antuérpia, Telavive, Roma, Tomar, Paris, Torre de Moncorvo. Em cada um desses lugares, e em todos os outros, foi lembrada a natureza da intolerância, da xenofobia, da perseguição religiosa, da Inquisição e da maldade. Isso foi bastante para nos comovermos. Hoje, 500 anos depois, não tem apenas a ver com judaísmo, secreto ou público. Tem a ver com a natureza da intolerância e com a emergência do horror em qualquer período da nossa história.

Adenda 2: Recomendo a leitura de A Inquisição de Évora, de J. Borges Coelho (edição Caminho) enquanto não chegam às livrarias os livros sobre o pogrom de 1506. E recomendo, obviamente, o livro de Richard Zimler, O Último Cabalista de Lisboa (edição Quetzal).

Adenda 3: Como não estive na cerimónia das 19h00 não pude encontrar, entre outros, o Padre Peter Stilwell (agradeço ao Rui Almeida a informação) que, além de ser uma pessoa generosa e boa, é também responsável pelo Departamento das Relações Ecuménicas e do Diálogo Inter-Religioso do Patriarcado de Lisboa.

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por FJV, em 19.04.06
||| Números.
Ainda ninguém se riu da guerra de números sobre a descida do desemprego. Só o Instituto de Emprego murmurou, baixinho, para não estragar a festa: «Há é menos inscritos nos centros de emprego...»

Comentário do Pedro Almeida Vieira: «A questão da taxa de desemprego apresentada pelo Governo é sempre uma ficção, embora apenas uma vez em cada década se possa avaliar o seu grau: na altura em que são apresentados os resultados dos Censos. Aí sim, estamos a falar de números verdadeiros (relativos a 100% da população). A título de exemplo, recordo-me que a taxa de desemprego apontada pelas amostragem do INE no primeiro trimestre de 2001 - altura em que se fez o último recenseamento da população - rondava então cerca de 4% da população activa. Contudo, os valores dos Censos indicaram cerca de 7% da população. Ou seja, quase o dobro... Estas discrepância devem-se sobretudo aos métodos de amostragem das estimativas apontadas trimestralmente pelo Governo, que são, obviamente, fáceis de manipular ao gosto do freguês...»

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por FJV, em 19.04.06
||| O sangue.
«Faz hoje 500 anos que uma multidão imbecil tornou Portugal mais pobre. A matança de muitas centenas de judeus em Lisboa (talvez quatro mil) fez o País perder, entre mortos e exilados, os mais cultos e modernos dos seus filhos. O crime boçal prosseguiu durante séculos. Até ao Marquês de Pombal a ‘limpeza do sangue’ – a prova de ausência de judeus até aos bisavós – era condição para bons empregos. Ao seu ministro Pombal, o rei D. José pediu que decretasse um distintivo obrigatório para quem tivesse sangue judeu. No dia seguinte, ele apareceu com três distintivos ao peito. O rei perguntou a razão. Pombal: “Um por mim, outro pelo inquisidor-mor e outro por Vossa Majestade.” Judeus somos, os portugueses, todos um pouco. Ignorantes de nós somos todos muito.»
Ferreira Fernandes, no Correio da Manhã.

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por FJV, em 19.04.06
||| Dia 19 de Abril, uma vela onde quer que seja.













Hoje, uma vela onde quer que seja. Acender uma vela por todas as vítimas do pogrom e dos assassínios cometidos na Lisboa de 1506. Depois das 20h00 e até às 21h00, no Rossio. Mas onde quer que seja.

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por FJV, em 17.04.06
||| The Mayor's: falafel and shawarma.
Diante de um atentado em Telavive (junto da estação de autocarros de Neve Shaanan), o novo governo do Hamas diz que se trata de legítima defesa. Infelizmente, nenhum deles se faz explodir.

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por FJV, em 17.04.06
||| Brasil. Associação criminosa. [Actualizado]
Está dito pelo procurador-geral da República que essa gente não passa de organização criminosa. Está escrito, preto no branco (download do documento, na íntegra, aqui).
Artigo de Elio Gaspari no Globo de domingo:

«O relatório do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, que denunciou os 40 integrantes da quadrilha-companheira que saqueou as arcas públicas, é uma peça que merece respeito. Todas as pessoas que já praguejaram contra as pizzas da Câmara dos Deputados e duvidaram do vigor das instituições nacionais devem tentar lê-lo. É um cartapácio de 52 mil palavras, equivale a três vezes e meia o tamanho do conto “O Alienista”, de Machado de Assis. Falta-lhe o estilo da história de Simão Bacamarte, mas não é daqueles textos em dialeto juridiquês. Chama o que foi núcleo duro de quadrilha e organização criminosa. Caixa dois, dívidas de campanha e outros eufemismos são designados pelo que foram: desvio de recursos públicos, concessões de benefícios indevidos a particulares em troca de dinheiro e compra de apoio político. Quem se ofendeu com o exibicionismo de alguns parlamentares nas CPIs deve a atenção da leitura aos servidores que agiram longe dos holofotes. Quem se considerou insultado pelas manobras-companheiras, pelos depoentes emudecidos e pelas mentiras deslavadas, vê a história contada como ela foi, com início, meio e (quase) fim. Faz bem ao cidadão. A quadrilha é mostrada nas suas características cinematográficas. […]
Foi esse tipo de trama que Nosso Guia [Lula] desprezou, dizendo que estava de saco cheio de denúncias. Afinal, segundo ele, o que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente. Lendo-se o relatório sente-se uma ponta de amargura quando se recorda que o presidente da República disse que neste país, “está para nascer alguém que venha querer discutir ética comigo”. A quadrilha montou um esquema de Ocean’s Eleven (sem Brad Pitt), mas estava mais para a turma do Assalto ao Trem Pagador (com Tião Medonho).»

Marcos Sá Corrêa: «
O procurador Antônio Fernando de Souza botou o país de pernas para baixo e cabeça para cima. [...] Nem o presidente Lula, que até a semana passada pisava nos rastros distraído, pode continuar a fazer de conta que não sabe o que aconteceu. Caixa dois de campanha uma ova. Tecnicamente, o que seu governo fez foi organizar uma quadrilha. Ela roubou e corrompeu para financiar “um projeto de poder”. O chefe da quadrilha era o ex-ministro José Dirceu, que até cair de podre no ano passado comandou o bando de um gabinete instalado no palácio do Planalto, a caverna de Lula. E o chefe do chefe era Lula, o “nosso guia”dos 40 ladrões, como entendeu, em cima do laço, o humorista Chico Caruso.»

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por FJV, em 16.04.06
||| O cantinho do hooligan.





Como o Benfica não conseguiu perder, festejo a derrota do Corinthians diante do meu Grémio, que, aliás, se sagrou campeão gaúcho contra as lágrimas dos colorados.

Não resisto a publicar o comentário do meu caro Paulo José Miranda, escritor, poeta e meu correspondente no Brasil: «E o Corinthians tem um timaço! Os argentinos Tevez e Mascherano; o controverso meia, mas eficaz, Ricardinho; Roger (antigo Benfica, e só neste não foi craque), o jovem centroavante Nilmar, que foi o melhor goleador do campeonato paulista; pra não falar do grande Gustavo Nery. Temos Grémio, sim senhor. Pelos vistos, mais um time a lutar pelo ceptro do mais disputado campeonato de futebol do mundo. Como tricolor que sou, agradam-me as vitórias do Grémio e do São Paulo, pr'além do meu Flusão, claro, e regozijo com as derrotas do Internacional (colorado), do Corinthians e do Flamengo. Vi o jogo do Grémio, eles jogam como um bloco, mas Lucas é fera!»

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por FJV, em 16.04.06
||| Renovação da vida política nacional.
O Pacheco Pereira que me perdoe, mas o Marmeleiro é muito melhor do que a Marmeleira.

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por FJV, em 15.04.06
||| O cantinho do hooligan.















Só para dragões.
É a vida.

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por FJV, em 15.04.06
||| Música.











Tiny Tears
, Tindersticks. Quantas vezes for preciso.

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por FJV, em 15.04.06
||| Gosto.
Discordância com o Carlos M. Fernandes: a Sagres Chopp é, provavelmente, uma das piores cervejas que bebi este ano.

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por FJV, em 14.04.06
||| Ya Hoo.
A Yahoo colabora com a polícia chinesa na perseguição aos dissidentes.

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