||| Saco de gatos.
Já escrevi o suficiente sobre Berlusconi e dei a minha opinião várias vezes sobre o personagem. Adiante. Durante três dias as rádios e as televisões bombardearam-nos com a vitória antecipada de Romano Prodi e os festejos foram, desde logo, a preceito, e efusivos. Hoje, ao fim da tarde, os despachos da rádio diziam outra coisa: afinal,
a vitória de Prodi seria por 1% no Senado e por muito pouco mais para a Câmara dos Deputados. Ou seja: a coligação «de centro-esquerda» iria transformar-se num saco de gatos, com os vários grupos a esbracejar e o equilíbrio no Senado a ser medido a milímetros.
As primeiras notícias da noite dão como
possível que Berlusconi tenha já ganho o
Senado e
possa ganhar a
Câmara. Enfim, disputa entre gente pouco recomendável.
O problema não é ganhar Berlusconi ou Prodi vencer as eleições. O problema é os jornalistas quererem sempre votar, em directo, com entusiasmo e várias vezes por dia, nas eleições do estrangeiro. Foi assim nos EUA, foi (está a ser) assim em Itália.
Ver actualizações no Margens de Erro, evidentemente. Às 2oh15, hora portuguesa, eram estas as projecções. E no La Repubblica, em tempo (aparentemente) real.