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por FJV, em 25.03.06
||| Revista de blogs. Leituras antes que venha a mudança da hora.

«Tinham uma relação perfeita. Ele gostava de mulheres e ela também.»
{No Tristes Tópicos}

«Como já vi as cinco séries dos
Sopranos, a única série que vou seguindo com genuíno interesse é o campeonato regional de dominó, com o mafioso Lar de Idosos da Parede a dar baile aos casais do Clube Recreativo "O Ajudense", o mais empolgante que se tem visto desde aquele mítico jogo em que o sr. Casimiro encostou os adversários com dezassete pontos e duas dobras em apenas cinco jogadas.»
{No Tristes Tópicos}

«Estivemos meses a brincar ao telefone estragado. Eu escrevia Queres vir ter comigo? e tu lias Senti a tua falta. Se querias saber Como estás?, eu percebia Só quero estar contigo. Quando respondi Estou apaixonada, tu perguntaste Por quem?»
{No Figuras de Estilo}

«Os portugueses apreciam amores de arquivo.»
{No Sem Pénis nem Inveja}

«Procura-se. Dono de casa minucioso ou esposa funcional. Oferece-se retribuição compatível.»
{No Lida Insana}

«Questões verdadeiramente fracturantes: o cavalheirismo sabe bem, mas não é uma boa ideia.»
{No Quatro Caminhos}

«Os homens casados (com outras, claro!) vêm com um chip de enconanço perene incorporado no cérebro.»
{No Sociedade Anónima}

«Algumas vezes as paixões recuam, ou dormem, ou um ser noctâmbulo rouba-lhes a alma.»
{No Caderno Lilás}

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por FJV, em 25.03.06
||| Poetas dizem versos.













Quem não pôde estar na Casa Fernando Pessoa na passada terça-feira, 21 de Março (Dia Mundial da Poesia) para ouvir Adília Lopes, Ana Hatherly, António Osório, Bernardo Pinto de Almeida, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz, Maria do Rosário Pedreira, Nuno Júdice, Pedro Mexia e Pedro Tamen, tem a oportunidade de os ouvir pela rádio, nas próximas duas semanas, pela Antena Um: na noite de quarta para quinta-feira (à meia-noite) e ao sábado às 14h05. Também nos próximos dois domingos na Antena Dois (ao meio-dia).

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por FJV, em 25.03.06
||| Imigrantes.
Queria escrever sobre o assunto outro dia, a propósito da rusga efectuada no restaurante do Jardim Zoológico durante a qual foram detidos imigrantes ilegais brasileiros (que mereceu uma crónica do Ferreira Fernandes no Correio da Manhã, e uma nota do João Miguel Tavares no Diário de Notícias). À luz da lei, nada a fazer; trata-se de imigrantes ilegais, e alguns deles já tinham recebido ordem de saída do país. Evidentemente que há outras questões implicadas no assunto. Em primeiro lugar, o espaço onde decorreu a rusga, um restaurante onde brasileiros costumam ir; em segundo lugar, como apurei, o cruzamento de denúncias (por parte de portugueses que não gostam de brasileiros nem do barulho que faziam no restaurante, de um lado; por parte de negociantes de imigração, por vingança). Evidentemente que o gesto é deselegante, mas puramente legal. Ir a uma festa de brasileiros e apanhar brasileiros é canja -- mas a polícia podia ir aos lugares onde eles trabalham e onde os seus empregadores lucram com o negócio.
Agora, o que eu queria dizer é isto: não vejo razão para que, num processo rápido, com documentos claros e com boa-fé (naturalmente, a análise do registo criminal e de outros papéis constantes do processo actualmente em vigor), não se legalizem todos os imigrantes residentes em Portugal, que provem estar a trabalhar e em condições de trabalhar e que, por consequência, aceitem as leis portuguesas. Depois desse processo decorrer é mais fácil e mais justo aplicar as leis de controle à entrada de estrangeiros imigrantes e falar de legitimidade para esse controle. Uma das razões: regularizaria a vida de milhares (muitos milhares) de cidadãos estrangeiros que estão a trabalhar em condições precárias e facilitaria em muito o trabalho do aparelho fiscal (além das contas da segurança social, creio eu).
Por outras razões, defendo a concessão de cidadania portuguesa a filhos (nascidos em Portugal) desses imigrantes agora legalizados. Não só porque Portugal precisa de mão-de-obra, como se diz sem pensar bem no assunto; mas também porque Portugal precisa de estrangeiros para crescer e melhorar. Não é apenas de choque tecnológico que precisamos; fazem-nos falta mais cor, mais choque cultural, mais contribuição dos outros para podermos melhorar um país que vai ficando muito cinzentinho.

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por FJV, em 25.03.06
||| Serendipity.




















Livro-me do Desassossego, de Onésimo Teotónio de Almeida (edição Temas e Debates), com apresentação na segunda-feira, 27, na Casa Fernando Pessoa, às 18h30. Diz o Onésimo, a abrir, que «a crónica é um ensaio em mangas de camisa». Conhecendo-o, e à sua fama também, acho que a sessão vai ser divertida e longa.

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por FJV, em 25.03.06
||| Em cima da mesa.













O Papel e o Pixel. Do Impresso ao Digital, de José Afonso Furtado, foi publicado no Brasil pela Escritório do Livro.

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