||| Manuais escolares: há um problema de liberdade?Segundo o
Público, tanto a APEL como a União de Editores se opõem «à criação de comissões para avaliar e certificar os manuais escolares antes destes serem lançados». É matéria para debate. Haver certificação dos manuais parece-me bem, por princípio. O Ministério quer criar comissões para avaliar os manuais; os editores propõem que sejam os professores de cada escola a escolher, com inteira liberdade -- e que, caso haja avaliação prévia, ela deve ser feita pelas universidades e «escolas superiores de Educação», ou seja, de onde vem quase todo o
eduquês. Mas -- um gigantesco
mas -- há uma afirmação
interessante de Vasco Teixeira, o homem da APEL e da Porto Editora, que acusa «uma ala mais à esquerda do PS» de querer «tomar o controle ideológico na área da edição». Uma coisa, no entanto, é certa: é necessária uma avaliação dos manuais escolares e algum processo de certificação. Não sei até que ponto. Quando os editores dizem que o Ministério da Educação pode mandar retirar os manuais que contenham erros e babaridades, convém saber se o processo é assim tão fácil.
Matéria quente, matéria quente. Não se distraiam nem se iludam.