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por FJV, em 27.11.05
||| Meu outro time.













O meu segundo time regressou. Depois de um jogo heróico em que o árbitro expulsou quatro gremistas e marcou dois penaltis contra o Grêmio (mesmo assim bravamente defendidos por Galatto, um herói do pampa -- é certo que um deles bateu na trave mas é como se Galatto tivesse subido até lá), Ânderson (que em Janeiro estará já no FC Porto), marcou o golo final. E definitivo, com apenas sete jogadores em campo. «O Grêmio bateu heroicamente o Náutico», diz o Estadão online. Recordando a imortal música de Lupicínio Rodrigues: «Até a pé nós iremos para o que der e vier./Mas o certo é que nós estaremos/com o Grêmio onde o Grêmio estiver.» Aí está o Grêmio de novo. Salve, Grêmio, imortal tricolor.

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por FJV, em 26.11.05
||| Cesariny.
Ontem, na Antena Um, entrevista de Mário Cesariny -- foi às 15:15 h. Espero que repitam.

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por FJV, em 26.11.05
||| Livro Aberto.
Emissão desta semana com Hélia Correia.
votações para os melhores livros de 2005.

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por FJV, em 24.11.05
||| Sim. O cantinho do hooligan.
Sim. Bebi as cervejas de Glásgua. Uma, muito bitter. Não percebo Adriaanse.

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por FJV, em 23.11.05
||| Arrogância cultural.
Caro Paulo Gorjão: não é arrogância cultural. É complexo. Trauma de classe, medo da vida que não cabe na memória, medo de que a vidinha escape. E uma ideia de casta, apego ao privilégio, hábitos antigos. Na verdade, é também um mundo que acabou. Mas, sobretudo, é ressentimento.

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por FJV, em 23.11.05
||| Glasgow.













Sim, em relação a este post, esclareço que também estou disponível para beber a minha cerveja de Glásgua, uma bela Tennent's. Mesmo no Porto.

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por FJV, em 23.11.05
||| África.













Isto é uma boa notícia.

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por FJV, em 23.11.05
||| O império do mal.
A tortura lembra-me sempre os filhos da puta.

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por FJV, em 23.11.05
||| Onde está a felicidade?
Não, não me refiro ao título do livro de Camilo. Mas esta manhã, bem cedo, em todos os cafezinhos do bairro havia um ar suspeito de felicidade. Temos a Ota no horizonte. Com a Ota, seremos mais felizes, Barajas que se cuide. Ah, velhos do Restelo!, olhai em frente, olhai para o espaço aéreo: duas pistas, caramba!, duas pistas. Milhões de turistas a serem despejados na Ota para conhecer um país assim e um povo feliz, cheio de golfes no Algarve e de azulejos na Nazaré. E, um povo esperto, apesar de tudo: construindo um aeroporto com o dinheiro que não há. A felicidade está aqui.

P.S. - Quanto do novo aeroporto vai pagar a especulação imobiliária que assenta arraiais no velho?

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por FJV, em 23.11.05
||| Exemplo.
Como se recomeça um blog.

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por FJV, em 22.11.05
||| Os melhores livros de 2005 / Livro Aberto.










Votação começa no blog Livro Aberto. Primeiros resultados com a lista dos finalistas de cada categoria a 5 de Janeiro. Resultados finais a 12 de Janeiro com emissão especial na RTPN.

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por FJV, em 22.11.05
||| Os melhores romances.
O A Natureza do Mal está a concluir o apuramento de resultados da votação sobre os melhores romances dos últimos trinta anos.










Entretanto, o Livro Aberto abriu a contabilidade para os melhores livros de 2005. Dois pontapés de saída, os de Pedro Mexia e de Eduardo Pitta (seguir-se-ão outros críticos, como Isabel Coutinho, Fernando Pinto do Amaral, Francisco Belard ou Miguel Real) Os leitores podem participar. A votação será relançada no programa de televisão.

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por FJV, em 22.11.05
||| Cidades assim. (O cantinho do hooligan dissimulado.)













Braga. Lille. Perdão, Paris.

Com cumprimentos ao Carlos, ao FNV, ao Nuno e ao Altino.

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por FJV, em 22.11.05
||| Romance histórico, 1.
























Mais romance histórico nos últimos tempos. Depois de A Casa do Pó e de A Esmeralda Partida (e de outros, como A Sala das Perguntas ou O Prisioneiro da Torre Velha), Fernando Campos escreve o mais fascinante de todos os seus livros, O Cavaleiro da Águia (todos publicados pela Difel): poucas vezes um romance histórico português usa uma linguagem tão comovente, se perde e se deixa seduzir pela poesia. Campos é um mestre do romance histórico que passa em silêncio, sem muito ruído. Os seus personagens (Frei Pantaleão de Aveiro no primeiro, depois D. João II, Damião de Góis, D. Francisco Manuel de Melo e finalmente Gonçalo Mendes -- o da Maia) são estudados em pormenor, erguem-se sobre os destroços do tempo mas arrastam-no como uma maldição. O Cavaleiro da Águia é, nessa medida, a tentativa de fazer um romance histórico sem culpa, e onde a linguagem dissimula a dificuldade de dizer o que quer dizer (que não há bravos cristãos nem mouros a abater) -- mas o resultado é, tal como a sua linguagem, comovente, sim. Depois, há algumas surpresas, como A Lenda de Martim Regos, de Pedro Canais (Oficina do Livro), uma boa revelação através de um personagem que quase é o primeiro herói multicultural português, atravessando o cristianismo, o judaísmo e o islão. A ideia pode parecer muito politicamente correcta, mas Pedro Canais não cai no erro: Martim Regos não é levado no seu destino para cumprir uma busca cultural mas para percorrer o mapa do seu mundo, à solta, cheio de curiosidade e de excitação. Outra revelação é a de Pedro Almeida Vieira, que já tinha escrito Nove Mil Passos (sobre a construção do Aqueduto das Águas Livres); agora, é O Profeta do Castigo Divino, com algumas figuras centrais -- a do padre Gabriel Malagrida, a do Marquês de Pombal, a Igreja, os jesuítas, e o narrador do seu livro, o diabo, propriamente dito. Muitas vezes o peso da história esmaga o romance, mas isso tem uma vantagem: Pedro Almeida Vieira faz uma investigação muito minuciosa, cheia de deleites, de pormenores e de horrores, mas transmitindo o retrato de uma mentalidade brutal e do medo setecentista. Outro olhar é o de Miguel Real, que é um autor subvalorizado. Ele escreveu uma história extraordinária em redor de Branca Dias (Memórias de Branca Dias, Temas e Debates), a primeira mulher a praticar judaísmo em terras do Brasil, no Pernambuco. Mais do que isso, antecipando debates que seriam centrais no judaísmo reformista, a ser a primeira rabina portuguesa; o mundo do Pernambuco não escaparia ao longo braço da Inquisição e Branca Dias seria queimada, mas os judeus do Recife iriam para Nova Amesterdão, reencontrando-se com os judeus portugueses expulsos dois séculos antes, e entraram na fundação de Nova Iorque depois de terem fundado a primeira sinagoga das Américas, a Beit Israel, recentemente recuperada no Recife. Em A Voz da Terra, o seu novo romance (edição Quid Novi, a sair) Miguel Real formula uma história mental do terramoto de Lisboa, opondo a voz da terra à voz do céu, numa linguagem tão desprendida quanto é certo que a escreveu fora das bibliotecas: o Marquês de Pombal revisitado, a complexidade e a turbulência da guerra com o divino, a crueldade, o desvario. É um grande romance.
Não cabe neste domínio de romance histórico, mas sinto alguma perplexidade ao ler o Codex 632, de José Rodrigues dos Santos (edição Gradiva), onde se desenvolve a teoria da identidade portuguesa de Colombo. Há alguma semelhança com Anjos e Demónios, de Dan Brown (o investigador português Tomás Noronha é levado para NY tal como Langdon foi transportado para a Suíça), e com a catadupa de revelações em catadupa de O Código Da Vinci, mas existe a coragem de lidar com o problema de Colombo. Sinceramente, acho que o livro terá algum sucesso quando for traduzido para inglês (um editor americano já comprou os direitos). Tem coisas muito infantis (como as descrições brasileiras, por exemplo, um pecado mortal português quando se trata de escrever sobre Ipanema e adjacências), e a tentação de serviço público quando se trata de explicar conceitos e factos históricos, mas esse é um pormenor que lhe trará popularidade, não nego.
Não me posso esquecer de coisas curiosas, como o caso de José Manuel Saraiva, Rosa Brava (Oficina do Livro) sobre D. Fernando e Leonor Teles, onde há pela primeira vez sexo a valer na casa real portuguesa, com o rei exercitando-se em cunilingus ou sexo anal, e desviando-se dos perigosos caminhos do incesto. Leonor Teles é uma explosão na corte lisboeta, mas ainda não tinha merecido atenção de muita gente.

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por FJV, em 22.11.05
||| Capa irreal, livro ideal.













Eu sei que a foto é má, mas é a única que consegui fazer do livro de José António Sá: Compêndio de Observações que Formam o Plano da Viagem Política e Filosófica que se Deve Fazer Dentro da Pátria. José António Sá era professor de Leis, em Coimbra, e a impressão é de 1783 -- e o livro «dedicado a Sua Alteza Real o sereníssimo príncipe do Brasil».

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por FJV, em 22.11.05
||| A biblioteca dos reis.












Primeiro, foi um roteiro e uma exposição de que ouvi falar. Só depois li o livro, comprado em saldo, baratinho (com desconto de 25 reais...): A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis. Do Terremoto de Lisboa à Independência do Brasil, de Lilia Schwarcz (edição Companhia das Letras), a mesma autora de As Barbas do Imperador, um livro fantástico: uma história dos livros, das livrarias, das impressoras e das bibliotecas. Tenho pena que não exista um livro assim, em Portugal, sobre a nossa aventura no meio dos livros.

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por FJV, em 22.11.05
||| Por causa nossa.
O Causa Nossa faz dois anos. Parabéns.

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por FJV, em 22.11.05
||| A nova griffe carioca.
[Via Megeras Magérrimas] O Rio de Janeiro vai assistir à revitalização da praça Tiradentes (as barbas do velho imperador bateriam palmas e repetiriam: «Eu fico, eu fico!»), iniciativa das prostitutas da zona. Mas aconselho vivamente é o desfile de moda para apresentação da nova griffe, a Daspu -- brincadeira com a milionária loja de São Paulo, a Daslu (recentemente com problemas na justiça). E têm razão nisso: «Há muito tempo que a nossa moda ultrapassou as áreas de batalha. Nós sempre fizemos moda e inspiramos estilistas e outras mulheres.» Mas quem não sabe?

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por FJV, em 22.11.05
||| Liberais de todos os países, uni-vos!
Em «situações de crise» geram-se discussões sobre o que é o verdadeiro liberal. Um dia destes vamos assitir à definição da verdadeira ortodoxia liberal.

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por FJV, em 21.11.05
||| Os beijos na escola, de novo.
Parte da discussão sobre este assunto degenerou em debate jurídico. Nada contra. Mas tratava-se de uma oportunidade de tratar da tolerância e do embate entre lei e costume, por exemplo. Não estava em causa a lei mas sim a ideia de tolerância. O Filipe Nunes Vicente, contando uma história pessoal, expôs o problema com clareza: «Passámos a fazer exactamente o mesmo, só que com a janela fechada.» Quem nunca fechou a janela? Simplesmente, há aqui outro problema: o do uso desproporcionado da força, a julgar pelo relato dos jornais e por testemunhos entretanto escutados, com a inevitável tendência provinciana para criminalizar um comportamento não criminalizável. Nesta matéria sou pelo mais fácil: a escola devia ter fechado os olhos e não devia ter aceite nem discutir nem tomar conhecimento do assunto. Às vezes, tolerar é apenas usar do mais elementar bom-senso.

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