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Bom, mas para quem gosta mais de teatro (Cissa Guimarães, aliás Beatriz Gentil Guimarães) do que de cinema (Zezé di Camargo e Luciano), a edição deste mês da revista Sexy é recomendável. Muito menos photoshop numa actriz a ultrapassar a década dos quarenta (48). Uma coisa como deve ser, portanto. E não, a Sexy este mês não tem crítica literária.
«Sobre a compra periódica de votos no Congresso Nacional, infelizmente, pode-se afirmar que é uma prática antiga e reiterada. Existe um histórico de cooptação ilegal do legislativo (e do judiciário) pelo executivo. Oficialmente, fazem-se acordos na divisão de esferas de poder, através de cargos e, extra-oficialmente, fazem-se com o repasse de recursos geridos por estes cargos aos destinatários. Toda a dinâmica é gerida pelos caciques dos partidos. No entanto, em momentos-chave, quebra-se a hierarquia e não se compra um partido todo, através de seu cacique, mas compra-se voto a varejo. No governo Fernando Henrique, a compra de votos, para aprovar a emenda constitucional que possibilitou sua reeleição, é um exemplo disso, mas não o único. O erro do PT não foi utilizar a compra de votos, foi abusar da compra de votos a varejo. Deixando de tratar com os caciques, que administravam internamente quem recebia quanto, e indo negociar individualmente houve a quebra de 'hierarquia partidária', no pior sentido do termo. Se, por um lado, essa desmedida de José Dirceu não pode passar impune, por outro, os mecanismos de cooptação não podem ser alterados. Por isso, Dirceu provavelmente será cassado. Por isso, não teremos reforma política (eleitoral). Mutatis mutandis, isso vale para discussão sobre caixa 2, que existe e continuará existindo, só não podendo ser utilizado para compras a varejo. Essa é a minha opinião sobre o tema.»
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