A Origem das Espécies

|||Sondagens.
De novo, recomenda-se o recurso ao Margens de Erro, de Pedro Magalhães.

||| Promessas.
Na campanha de 2001 escrevi que as promessas de Santana Lopes eram próprias de um país desastrado: não havia meios, ou seja, dinheiro, para aquilo tudo. Não houve, como se sabia logo. O cenário repete-se hoje e dando razão a quem não se importa de votar em quem promete pouco ou nada, mas insiste em assegurar os serviços mínimos. Prometer o impossível já foi poético. Na vidinha, é apenas populismo, mesmo com a máscara da pequena poesia eleitoral.

||| Autárquicas sem sondagem.
O mais triste é não acreditar. Reconheço que há, ao contrário do que tenho escrito, uma margem de fé na escolha política. Não se trata de não acreditar nos políticos ou nestes políticos (até porque não se vêem outros) mas de acreditar que a vida pode mudar em função das escolhas que fazemos durante uma campanha eleitoral. É uma derrota considerável.

||| O ónus da prova.
Sim, fico surpreendido com a forma como as pessoas aceitam a teoria presidencial acerca da inversão do ónus da prova sem avaliar os riscos que daí decorrem. Quando abdicamos da nossa liberdade e da nossa privacidade em favor do Estado estamos a abdicar da nossa dignidade. O resto, embora discutível e aproveitável para debate, é apenas o excessivo poder do Estado e da sua burocracia contra os cidadãos.

||| Micro-causa.
É evidente que temos de nos associar à dúvida levantada pelo Paulo Gorjão a propósito da notícia do Público sobre os contactos entre o PS e Fátima Felgueiras. Basicamente, a pergunta é esta, transcrita do Bloguítica:

PODE O JORNAL «PÚBLICO» SFF ESCLARECER COM QUEM É QUE FÁTIMA FELGUEIRAS MANTEVE CONTACTOS NO SECRETARIADO NACIONAL DO PS? QUANDO É QUE ESSES CONTACTOS TIVERAM LUGAR? QUEM É QUE INFORMOU JAIME GAMA PREVIAMENTE DA LIBERTAÇÃO DE FÁTIMA FELGUEIRAS?

O link original é este.