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Jø Nesbo e Yrsa Sigurðardóttir
A ideia de “produzir” uma sequela da trilogia Millenium, do malogrado Stieg Larsson, tem algum sentido: trata-se de arranjar uma nova história para os personagens Blomqvist & Lisbeth Salander, bem como situá-la naquele cenário que fascinou milhões de leitores. O livro, que poderá ser publicado em 2015, está a suscitar interesse até em meios académicos (como na Faculdade de Letras do Porto, onde se estuda a literatura policial, graças a Maria de Lurdes Sampaio ou a Gonçalo Villas-Boas). O universo nórdico deslocou e alterou o modo como olhamos o policial. Autores como Camilla Lakberg, Larsson, Mons Kallentoft, Jø Nesbo ou Yrsa Sigurðardóttir introduziram na mecânica do género alguns ingredientes que dificilmente passavam no filtro do policial americano, mais formal e “seco”: uma dimensão humana e temperamental menos urbana e mais “poética” (que existia em autores do sul da Europa). A “descoberta dos nórdicos” é uma revolução sentimental na literatura.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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