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A ideia de as pessoas se despirem é-me simpática. Durante um ou dois anos imaginei como seria Gillian Anderson nua – sim, por causa de Ficheiros Secretos –, e tenho uma lista com outros nomes. Gillian Anderson acaba de aparecer nesses termos, abraçada (é uma maneira de dizer) a um congro por causa de uma campanha da Fishlove, “em defesa da pesca sustentável”. Preferia um peixe mais simpático e com menos espinhas, mas enfim. Periodicamente, atrizes, atores, modelos, gente comum, magérrima ou bem nutrida, aparece nua em defesa de princípios morais e em campanhas políticas ou causas estapafúrdias. O ativismo nu enternece-me, mesmo no inverno. Há quem se dispa em calendários de râguebi ou de bombeiros, em protesto contra os maus tratos a animais ou em defesa dos direitos das aves de arribação. Na Argentina, um grupo de feministas despiu-se para insultar e agredir uns rapazes católicos que rezavam pacificamente. O corpo deixou de ser corpo. É agora uma espécie em vias de extinção. Que pena.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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