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A Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, Brasil, organizou há uns dias um curioso evento: reuniu cerca de uma dezena e meia de escritores e, recordando uma célebre noite de 1816, pediu-lhes que – até à primeira luz da manhã – escrevessem um conto. O que se passou nessa noite de há 197 anos? Byron e alguns amigos juntaram-se para escrever “contos de terror”. Entre eles estavam o poeta Percy Shelley, glória do romantismo inglês, e a sua namorada (depois Mary Shelley) então apenas com 19 anos, que nessa noite criou o personagem Frankenstein. Ontem, depois da maratona, o argentino Frederico Andahazi (autor de O Anatomista) dizia-me que o problema da “literatura de horror” é que se tinham ultrapassado algumas das “fronteiras do humano” e que hoje em dia era difícil impressionar os leitores. “E então o que fizeste no teu conto?”, perguntei. “Simples. Matei-te, a ti e mais cinco.”
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