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Europa: Claudio Magris.

por FJV, em 29.07.13


Por que razão é tão importante a obra de Claudio Magris, sobretudo Danúbio, um livro maravilhoso, belo, único, misto de geografia e de romance, de história política e de contemplação?Porque a obra de Magris, que é este ano galardoado com o Prémio Helena Vaz da Silva para a divulgação do Património Cultural, atravessa todas essas pontes e é um manifesto silencioso e permanente contra a ingratidão. O termo é de Alain Finkielkraut: a ingratidão contra a história, a memória, as ruínas, o horror e a ignorância. Danúbio, de Magris, que é a obra de uma vida, um livro inimitável (só Breviário Mediterrânico, de Predrag Matvejevitch se lhe aproxima), descreve uma Europa como ela seria sem a destruição de cultura. Cultura, precisamente, não é espetáculo. O espetáculo é, precisamente, o que destrói a história e a transforma em banalidade. Claudio Magris é um dos combatentes contra esse ruído da moda.

[Na coluna do Correio da Manhã.]

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