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Tinha prometido a mim próprio que, para me proteger da melancolia, guardaria algum silêncio na morte de J.J. Cale, o músico que tem mais canções no meu iPod. Mas a sua música está quase toda ligada à minha vida, à memória dos melhores e piores anos e eu não podia deixar de ouvir ‘Anyway the Wind Blows’, ‘‘After Midnight’ e, sobretudo, ‘Magnolia’, ‘Magnolia’ sempre (“Whippoorwill’s singing/ Soft summer breeze/ Makes me think of my baby”). A lista é interminável para falar da comoção e da melancolia desse som (laid back: blues & rockabilly), do seu ar abandonado, poemas cantados nas varandas de casas de madeira à beira de estradas poeirentas, ‘jeans’, nevoeiro e uma guitarra admirável. J.J. Cale morreu este fim de semana, aos 74 anos, de um ataque de coração. Não havia canções como as suas, sempre a provocar ataques de coração. Teremos de ouvir e de dançar ‘Magnolia’. Teremos sempre a sua voz.
Pela semana fora, oiçam J.J. Cale, tornem a nossa vida um pouco melhor: ‘Travellin’ Light’,, ‘Passion’, ‘Hold on Baby’, ‘Durango’ ‘Devil in Disguise’, ‘My Babe and Me’, ‘Starbound’, ‘Cocaine’, ‘Magnolia’. Em modo ‘repeat’.
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