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Chet.

por FJV, em 19.05.13

Ouço «Serenity», do álbum Smokin’ with the Chet Baker Quintet, e passo depois para The Touch of Your Lips, que marcou a minha década  de oitenta, na companhia de My Foolish Heart e de Misty. Chet Baker morreu há 25 anos (assinalaram-se no passado dia 13), em Amesterdão, crê-se que depois de mais uma sessão de drogas duras. A relação da sua vida com as drogas é permanente, mas prefiro esquecê-la em nome da música de Chet Baker e, sobretudo, do tom que o seu trompete transportava, num crescendo de melancolia e depressão, perto da tragédia. «Early Morning Mood» e «Anticipated Blues» são dois temas fatais, mesmo para quem não navega nas águas do jazz, e tenho pena que não entrem, como pano de fundo, no documentário que Bruce Weber dedicou a Chet Baker, Let’s Get Lost. Mas o título rende-lhe homenagem: ouvir o seu trompete, grave e triste, continua a ser o primeiro passo para a perdição.

[Da coluna do Correio da Manhã.]


 

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