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Foi uma semana interessante; terminou com a esquerda a festejar Manuela Ferreira Leite (por causa da sua entrevista à TVI), com a direita a citar Vital Moreira como um dos seus (por causa da sua opinião sobre o Tribunal Constitucional), com a esquerda a beijar Rui Rio (por causa da sua reação ao despacho de Vítor Gaspar) e com a direita a reproduzir Guilherme Oliveira Martins (pelo mesmo motivo). Isto, que aparentemente pode ser o sinal da sandice em que o país está mergulhado, é também a prova de que os cataventos do regime estão a funcionar no meio da tempestade. Em Os Maias há episódios semelhantes, para não falar do Portugal Contemporâneo, de Oliveira Martins, a provar que repetimos com galhardia as tragédias e os circos de outrora. O que também significa que “a crise” não é propriamente uma rua de sentido único – os interesses, mais do que o bom senso, comandam os movimentos do palco.
[Da coluna do Correio da Manhã]
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