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Seamus Heaney, um poeta maravilhoso, um dos irlandeses distinguidos com o prémio Nobel da Literatura (os outros são Yeats, Bernard Shaw e Beckett), acha que há vantagens consideráveis em decorar poesia na escola. Decorar – leram bem – vem de «do coração», by heart. Houve algumas reações contra Seamus Heaney, sobretudo contra a ideia de «forçar as crianças a aprender poesia de cor». Eu aprendi (Cesário, Pessoa, Camões, Bocage, O’Neill, e até Augusto Gil ou Guerra Junqueiro, entre outros) e não me fez mal nem deixou a marca de nenhum trauma. Seamus Heaney defende a introdução da memorização de poesia (em voz alta) no currículo da escola primária; mais tarde, com a idade adulta, será uma bênção, sem dúvida – e um fragmento de beleza que se transporta para todo o lado. Em tempos difíceis, a poesia traz um pouco de conforto e nenhuma poesia fica mais pobre por isso.
[Da coluna do Correio da Manhã]
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