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Dezoito tipos de penteado são largamente suficientes. Eu, por exemplo, só gosto de quatro ou cinco. Dezoito é um número para lá de adequado; se percorrermos a história da pintura dos últimos duzentos anos, acrescentando-lhe mesmo a nossa memória do cinema, e as descrições presentes na literatura (há sempre essa gente) não encontraremos muitos mais modelos de penteado. E, se houver necessidade (um acaso), aumenta-se para vinte. Vinte e quatro no máximo, duas dúzias exatas. A Coreia do Norte, aquele país que “não se sabe se é uma democracia”, determinou, e bem, que as mulheres do país só podem usar esses dezoito penteados. O assunto transitou de Kim Jong-Il para o novo líder, o seu filho Kim Jong-un, que não teve dúvidas em promulgar o decreto. Os cabeleireiros de Pyongyang têm a vida facilitada. Durante a revolução cultural chinesa nunca se avançou tanto. O socialismo capilar sobreviverá.
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