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Corelli, 300 anos.

por FJV, em 12.01.13

A harmonia da sua música tocou todo o barroco posterior e há ressonâncias dessa influência – em Bach, com menos nitidez (até porque em Bach nos recusamos a escutar outra voz), mas em Vivaldi ou Couperin, para não mencionar Handel, respiram certamente algumas notas do violino de Arcangelo Corelli (1653-1713), cuja morte ocorreu há 300 anosã. Mencionei a “harmonia” porque é esse o traço dominante da sua obra, mais do que colocar em evidência o virtuosismo e a voracidade da sua técnica, com ornamentos belíssimos e inovadores a contornar o ‘continuo’ das cordas italianas. É uma música cujo efeito monumental, por vezes solene, fica bem em Roma, onde viveu e morreu. Mas nem por isso deixa de se notar uma simplicidade  que contrasta com a música do seu tempo – nos intervalos dessa solenidade, é de supor que Deus pudesse brincar nas suas escalas. 

[Da coluna do Correio da Manhã]

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