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O rol de burlas que se arrasta com o nome de Artur Baptista da Silva é material literário. Em A Brasileira de Prazins, Camilo Castelo Branco cria um personagem semelhante, um falso D. Miguel que visitava o país às escondidas para organizar o combate contra as indignidades do governo –que o expulsara. Os padres de Braga e os seus pelotões de aldeia fiaram-se nele; na verdade, precisavam de um D. Miguel que lhes dissesse o que queriam ouvir. Mesmo depois de desmascarado (era, afinal, um valdevinos), houve quem o desculpasse. Baptista da Silva também será um valdevinos, com a vantagem de ter estado quase a entrar para a Academia do Bacalhau e ter fotos no Facebook; no restante, a personagem assenta-lhe bem, contentando os que precisavam de legitimidade para o seu lero-lero. Não é preciso dizer grande coisa, afinal, para ser Baptista da Silva.
[Da coluna do Correio da Manhã]
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