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A decisão de criar a Casa da Música coube ao Estado português, na sequência da Porto 2001. O historial das polémicas à volta da sua gestão inicial, da “derrapagem dos custos” (vastíssima, num custo final seis vezes superior ao inicialmente previsto) e do seu peso institucional ainda não foi concluído. Mário Soares, quando visitou o edifício, proclamou (no seu melhor estilo de gestor) que o que era preciso era que as coisas se fizessem, “que o dinheiro há-de aparecer”. Ora, como todos sabemos, o dinheiro, às vezes, não aparece – e em tempos de crise é necessária a sensatez que permite moderar as despesas e, ao mesmo tempo, evitar que desapareça o essencial. O problema é que apenas uma parte do financiamento da Casa da Música depende de privados e de mecenas – e o grande risco que essa percentagem desapareça. Se isso acontecer, a decisão (e o orçamento) caberá de novo, e inteiramente, ao Estado.
[Da coluna do Correio da Manhã]
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