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Aos oitenta anos, John Lee Hooker (1917-2001) publicou um álbum inesquecível, Don’t Look Back. Os que o conheceram apenas com essa idade não reconheceram no seu som toda a eloquência melancólica dos “Chicago blues”, comandada por uma guitarra que se tornou um ícone de toda a sua obra. Uma obra-prima, Don’t Look Back (a canção com esse título é reinterpretada em dueto com Van Morrison) também não resume uma carreira com cerca de cem discos publicados, de onde trauteamos “Boogie Chillen”, “Serves Me Right To Suffer”, “Boom-Boom” ou “One Bourbon, one Scotch, one Beer” – mas é um bom começo para quem não foi ainda tocado pela magia dos ‘blues’ e daquela arqueologia negra, profunda. A sua voz era única, um apelo das profundezas. Morreu há dez anos, assinalados esta semana.
[Na coluna do Correio da Manhã]
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