De NIC 1 a 16.05.2011 às 17:03
Devemos ir lá todos, apesar de sabermos que os sindicatos estão um pouco esclerosados e que, estas manifestações, são demasiado convencionais, como se quem lá vai, tivesse essa obrigação.
Nós, não. Iremos integrá-la e trazer-lhe esse luto, mas também essa alegria de viver que ainda
nos resta.
E por falar neste assunto recusamo-nos a perceber uma profissão que se defina como 'Político'
e outra, como 'Sindicalista'. Em ambos os casos devemos defender um número máximo da
mandatos, para evitar caciquismos e burocratas ensonados, mesmo através de eleição.
B - Mas não há qualquer coisa que ainda nos chame a todos a atenção, nas
palavras 'Solidariedade', 'Inconformismo' e 'Revolta'? Há, ou não há?
Ainda percebemos, ou não, que podem existir outros caminhos?
Para além dessas primeiras 'Manifestações de Desagrado e Luto', com o negro bem à
vista, queremos que o Bloco e a CDU façam um protocolo pré-eleitoral, em que se forem
maioria, no conjunto das suas votações, irão constituir um Governo de Esquerda.
Sem nós, os dissidentes, os desiludidos, os apartidários, os que já não votam e os que nunca
votaram, este resultado foge completamente à realidade. Contudo, connosco, se todos formos
votar nos mesmos 2 partidos é matematicamente possível a vitória. E queremos, ou não,
evitar uma existência de carneiros, destinados ao sacrifício?
Para votarmos, na CDU ou no Bloco de Esquerda - tanto nos faz - queremos que esses
partidos combinem e contactem, desde já, um futuro primeiro-ministro independente,
à sua direita (para nós, pode ser a Arqª. Helena Roseta, ou outro alguém com coragem,
honestidade e capacidade de ruptura), mas que forme um Governo de que façam parte
Independentes, mas em que o Bloco e a CDU fiquem realmente em maioria.
Queremos um governo e pessoas honestas e audazes que estejam dispostas a subscrever
algo de próximo do seguinte Programa Mínimo (é para ser desenvolvido por técnicos
das várias áreas, que nós não somos, nem queremos aparentar ser, mas sobre o qual temos
algumas, talvez poucas, ideias, como segue):
1.
Renegociação dos acordos com a 'Troika'.
Nós queremos pagar, mas, se querem receber, têm que nos deixar estabelecer o ponto da
situação. Vai ser como nós pudermos e sem haver acréscimo de desemprego, nem crescimento
de encargos para os mais desfavorecidos.
Queremos recuperar a Economia e voltar a produzir a sério, com intervenção estatal, muito
possivelmente contra todas as normas da CE e do €uro, e correndo talvez o risco de sermos
expulsos, mas protegendo novos projectos, implementado um nova 'Lei das Sesmarias', em
que preferimos ser multados pela CE, do que não produzir e em que sustentemos um preço de
compra mínimo aos produtores, quando tal for necessário.
Arranjaremos certamente nos 'Países em Vias de Desenvolvimento' quem precise de leite em pó ou condensado, bem como de outros géneros.
2.
Serão estabelecidos, de imediato, contactos com a Irlanda, a Grécia, a Islândia e
todos os outros países europeus de economia periférica, para vermos o que podemos
fazer uns pelos outros. Vamos explicar a todas essas nações, de economia pouco sustentada,
que já entraram na CE, ou na zona €uro, ou que estão a negociar essa entrada, o que lhes pode
acontecer, após um período relativamente curto de euforia.
De facto, as medidas de austeridade impostas agora a Portugal, nunca serão implementadas para a Espanha ou para Itália, por bem pior que seja a situação financeira destes países, porque os seus mercados são demasiadamente importantes para as potências dominantes da CE.
3.
O pagamento de mais de 3.000€ de pensões mensais individuais, reverterá, de
imediato, a favor do Estado (valendo o mesmo para pensões acumuladas).
4.
Qualquer ordenado de Gestores Públicos, superior, ao de Presidente da República,
reverterá, de imediato, para o Estado.
5.
Será implementado um imposto sobre as Grandes Fortunas (trata-se de um esforço
patriótico a prazo, e não de uma condição para ficar estabelecida para sempre).
6.
Ninguém, mas mesmo ninguém, trabalhando por conta de outros, poderá ganhar
mensalmente mais de 12 salários mínimos. O excedente reverterá para o Estado, através
do IRS, que deixará de funcionar por escalões, mas aplicado, caso-a-caso, de acordo com
este princípio.
Núcleo de Intervenção Cívica
Continua…