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Manuel António Pina, Prémio Camões 2011. Coisas que nos deixam muito, muito felizes.

por FJV, em 12.05.11



A poesia vai acabar, os poetas
vão ser colocados em lugares mais úteis.
Por exemplo, observadores de pássaros
(enquanto os pássaros não
acabarem). Esta certeza tive-a hoje ao
entrar numa repartição pública.
Um senhor míope atendia devagar
ao balcão; eu perguntei: «Que fez algum
poeta por este senhor?» E a pergunta
afligiu-me tanto por dentro e por
fora da cabeça que tive que voltar a ler
toda a poesia desde o princípio do mundo.
Uma pergunta numa cabeça.
— Como uma coroa de espinhos:
estão todos a ver onde o autor quer chegar? —

 

Manuel António Pina

Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde

 

 

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14 comentários

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De NIC 1 a 16.05.2011 às 17:02

A - Manifesto contra a desilusão e a indiferença! Pela confiança em nós próprios!

Uma maré negra de diversos tecidos pinta janelas e estendais de todas as ruas
portuguesas, em sinal de luto, pela Liberdade.

Amigos e Companheiros,
Quantos de nós vendo a situação política e económica portuguesa se sentem revoltados ao
folhear um jornal, ou a ouvir e ver notícias, na Rádio e na Televisão?
Quantos não se sentem agora representados pelos partidos em que votámos anteriormente, mas que frustraram todas as nossas expectativas?
Quantos de nós estão fartos do PSD e do CDS e do actual governo do PS, que voltou a
conseguir ser uma Direcção no seu Partido, contra todas as expectativas e esperanças?
Quantos de nós ficaram completamente decepcionados e à beira do vómito, quando perceberam que, dentro do PS, não havia ninguém que avançasse contra Sócrates? Quando vimos os
preitos de vassalagem de Manuel Alegre e Ferro Rodrigues? Quando nos disseram que o
tinham feito porque, apesar de tudo, era ele que podia garantir ao PS uma melhor votação? E
que isso era melhor do que o Poder passar para a Direita, quando todos sabemos que a futura e mesma política governativa, imposta pela 'Troika' e aceite pelo PSD, pelo PP e pela Direcção
do PS, vai ser posta em prática, por qualquer das coligações que possa resultar das próximas
eleições?

Caros companheiros do PS e seus eleitores habituais, onde ficou a premissa de que uma
posição partidária não se deve sobrepor à consciência nacional? Ficou-vos alguma réstia
de vergonha, depois de terem reconduzido, à possibilidade de poder, um homem que nos dava
uma notícia boa, em cada 2ªF, para ser sempre desmentida, pela realidade ou por fontes mais
fidedignas, à 5ª ou à 6ª?
Eram mentiras, ou incompetência? Tanto faz. Cheira mal!

Estamos a falar do político mais hábil da sua geração. Mas não podemos enfrentá-lo? Onde
se situa agora a honestidade intelectual dentro do PS? Estão, ou acham-se velhos, para
enfrentar tal combate? Ou são todos 'boys', agarrados a um 'tacho'?

Não sabemos. Mas deixam-nos um legado de traição quando, na vossa tradição, devia ser uma
mensagem de Liberdade.

E vamos voltar a aturar a beatice teatral de Paulo Portas e o seu populismo de beijinhos nos
velhos, nas crianças e nas varinas, quando toda a gente sabe que por trás do PP estão os patrões de baixo nível, aqueles que compram um Ferrari, assim que ganham algum dinheiro, em vez de inovarem as suas empresas?

Ou a ignorância indesmentível de Passos Coelho que vai provavelmente perder as eleições, por
dar permanentemente 'tiros-no-pé', apesar de ter, à partida, todas as vantagens, para as ganhar?
E o Fernando Nobre? Também não nos desiludiu a todos?

E quantos de nós votam cada vez menos, ou nunca votaram, como muita gente
da 'Geração à Rasca? E quantos acham que é este o nosso 'fado', aquele destino infeliz a
que não podemos escapar, em que uns nascem ricos e outros pobres, uns felizes e os outros
próximos da desgraça!

Nós, os subscritores deste Manifesto, acreditamos e desejamos, que o conjunto de todos nós
possa mudar Portugal. Queremos, primeiramente, enviar uma mensagem de força a toda a
sociedade:

Que todos os que estão insatisfeitos com este Governo e com José Sócrates; com o CDS e
o PSD; com as negociações com o FMI e o conjunto da tal 'Troika'; tendo, ou não, opções
partidárias, ponham uma peça de roupa negra, nas suas janelas e estendais. Queremos
cobrir o país de símbolos negros, contra o regime! Fazer uma espécie de 'Referendo' e
mostrar que nós, os insatisfeitos, somos muitos. Muito provavelmente, uma maioria.

Queremos mostrar o nosso Luto por Portugal! O nosso luto pelo Estado Social! O nosso Luto,
por palavras que foram desvalorizadas, como: Democracia, Liberdade, Cidadania, Civismo,
Socialismo, etc.

Porque estamos a morrer, em mentira lenta, antes de viver a sério!
E queremos também ir à próxima manifestação da CGTP, no dia 19, de T-Shirts ou
braçadeiras exactamente com o mesmo significado.

Núcleo de Intervenção Cívica

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