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Manuel António Pina, Prémio Camões 2011. Coisas que nos deixam muito, muito felizes.

por FJV, em 12.05.11



A poesia vai acabar, os poetas
vão ser colocados em lugares mais úteis.
Por exemplo, observadores de pássaros
(enquanto os pássaros não
acabarem). Esta certeza tive-a hoje ao
entrar numa repartição pública.
Um senhor míope atendia devagar
ao balcão; eu perguntei: «Que fez algum
poeta por este senhor?» E a pergunta
afligiu-me tanto por dentro e por
fora da cabeça que tive que voltar a ler
toda a poesia desde o princípio do mundo.
Uma pergunta numa cabeça.
— Como uma coroa de espinhos:
estão todos a ver onde o autor quer chegar? —

 

Manuel António Pina

Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde

 

 

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14 comentários

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De julia a 13.05.2011 às 12:18

Manuel António Pina:
Um ser humano ímpar, cidadão atento, duma bonomia que encanta,não olha para o relógio,
todos têm opinião, a qual ele valoriza sempre.Tem um coração do tamanho do Mundo,pois até os inimigos lá cabem...
A 1ª página que leio do JN é sempre a última...O 1º, de lá de casa a ler o jornal diz:"lê O Pina"!
Tenho o grande privilégio de o conhecer, como PESSOA,que honra o norte.Creia , como me sinto feliz, por lhe fazerem justiça.
Até amanhã! Até sempre!
Júlia Príncipe

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