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Tiros no pé.

por FJV, em 21.04.11

Quem se apresenta a jogo com disposição de ganhar, e num pais em estado de negação, capaz de tudo para evitar olhar-se ao espelho, fazer contas, aceitar a realidade, enfrentar os dias difícieis, não pode oferecer-se o luxo de dar tiros no pé. As tropas em silêncio, seria melhor. Protestar baixinho, fazer queixinhas «do mal que nos faz a imprensa» é má estratégia; já se sabia que cada deslize seria sublinhado, ampliado e transformado em grande notícia da temporada. Todas as crises arrastam um coro de tragédia; os seus intérpretes são os cínicos de serviço, que preferem viver com o inimigo a aceitar a responsabilidade de escolher dignamente. O país vive embalado por esse cinismo. Os tiros no pé são um alimento fatal e incendiário.

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9 comentários

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De Telmo do BB a 24.04.2011 às 20:10

O maior tiro no pé é quando o PPC e amigos começam a defender Parcerias Público Privadas para a Saúde e a Educação sabendo nós que isso é o maior sorvedouro da dívida actual Portuguesa.

O que mais incomoda é que se aponta ao sector público a culpa por custos que são facturados principalmente pelos privados.

E isto não me incomoda por qualquer preconceito ideológico, mas sim porque se tem mentido sem pudor acerca disto e, pior, acha-se que se melhorarão as coisas alargando as PPP a sectores como a Saúde e a Educação, onde a gestão que dizem amadora das escolas e hospitais é um primor por comparação com a criatividade que nos tem afundado com as negociatas público-privadas.

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