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O modelo nórdico.

por FJV, em 09.04.11

«Tem de haver uma avaliação muito, muito profunda tanto das finanças públicas, como do sector financeiro, e só então poderemos determinar as necessidades», diz o ministro sueco das Finanças, Anders Borg, sobre a ajuda externa a Portugal. Afinal, parece que alguém quer uma auditoria às contas públicas portuguesas.

O argumentário sueco não é muito lisonjeiro: «O Governo português tem uma grande responsabilidade pela situação em que o país se encontra por causa do défice e dívida pública que se mantém elevados durante um longo período de tempo.» [...] «Há aqui muitos argumentos para críticas.» 

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6 comentários

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De Pedro Silva a 09.04.2011 às 14:13

Por detrás disto está a ideia de que há um absoluto. Mas tudo é relativo e assim é também com os nórdicos ou com essa ideia de "os nórdicos" que tanto se admira como despreza (conforme). É que o governo sueco é da família política do PSD - o pensamento do PM sueco é portanto relativo, embora pareça que fala em nome de um princípio geral e absoluto.
Está absolutamente certo que se paguem as dívidas. Mas nada nisto é inocente. Não são dívidas entre sujeitos. São dívidas entre estados, entre negociantes, dívidas para com especuladores também. Que devem ser pagas, claro.
Porém, parece-me que, dada a violência da coisa (não exclusivamente para Portugal, mas para outros também), dada a dimensão da irresponsabilidade dos agentes e das instituições envolvidas na crise que disparou o problema agora na Europa e o agudizou nos países mais frágeis, seria talvez (talvez, digo eu) necessário outro pensamento e outro modo de encarar o problema desde logo começando pela Europa.
Não há nenhuma espécie de satisfação em fazer entrar o FMI-FEEF em Portugal. Aconteceu, mas ninguém se deve regozijar com a punição que julgam estar a ser aplicada a adversários e sobretudo às pessoas mais desfavorecidas e aos portugueses em geral.
Não há nada de positivo nisto.
Podemos culpar os vários políticos (e partidos) que pelo menos desde 1991-2 foram cavando esta situação - começando pelo actual PR, claro - incapazes de propor um desígnio nacional, uma visão de longo prazo para o país, um sonho em que todos se revessem (por cima das diferenças partidárias).
Hoje, com tristeza, constato que já não vai ser de novo (outras vez a história se repete) a minha geração (e a sua) que vai ver Portugal no bom caminho. Muitas das "coisas" que se conseguiram em termos culturais, educativos e até de desenvolvimento humano vão regredir... e serão precisos mais uns dez anos para recomeçarem, com outros protagonistas e outras condições... mas sem continuidades, sem coerencia, com fracturas, com interrupções.
É de facto muito frustrante!
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De robalos a 09.04.2011 às 14:46

Lembra-se do enxovalho checo?
Continua.
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De Hugo Monteiro a 09.04.2011 às 15:28

Caro Francisco,

Sobre este assunto, pedia-lhe encarecidamente que desse uma vista de olhos ao email que lhe mandei para o endereço que disponibiliza no blog.

Cumprimentos.
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De burns a 10.04.2011 às 15:54

mais uma coligação negativa,desta vez na europa,que se está a formar contra a maravilhosa governação do estudante de engenharia
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De António Ferreira a 13.04.2011 às 14:48

Parece que alguém já anda a fazer uma "avaliação muito, muito profunda" das finanças públicas e do sector financeiro. É o chamado Banco de Portugal. http://www.bportugal.pt/
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De Micael Sousa a 15.04.2011 às 16:31

Será isto defeito ou feitio... temo que seja a segunda... A história está ai para ser analisada...

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