Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



O cantinho do hooligan. Tratado de política geral.

por FJV, em 05.04.11

Ontem, como tinha tomado o meu Victan, dispus-me a ver «O Dia Seguinte» (na SicNot) para apreciar Rui Gomes da Silva; era inteiramente justificado. Passei meia hora a escutar, embevecido; compreendi por que razão foi ele sempre tão mau político e um dos grandes responsáveis pela débâcle do governo de Santana Lopes; percebi que aquela pobre alma atravessa uma crise de puberdade – em público.

Pessoalmente, com toda a sinceridade, o episódio das luzes apagadas no Estádio da Luz não me choca como poderia chocar. Era previsível que acontecesse alguma coisa desse género; desportivamente, tratou-se de uma infantilidade a que Luís Francisco, no Público, acrescenta esta coisa deliciosa: «Retenho um pormenor: assim que se percebeu que os jogadores portistas estavam a usar os repuxos do sistema de rega para fazerem a festa no relvado, estes foram desligados. Quer isto dizer que, enquanto os novos campeões nacionais celebravam a conquista do título, havia uma pessoa (pelo menos uma, mas até deviam ser mais) cuja única preocupação era estragar o momento...»

Durante meses, o Benfica preparou os seus adeptos para o bicampeonato; quando as contas estavam apertadas, tanto Jorge Jesus (à sua maneira, dizendo que não era de 8 a diferença entre FCP e SLB – mas de 5, uma vez que o Benfica esmagaria o FC Porto na Luz) como o meu amigo Juan Gabriel (à sua maneira, com um dicionário que nunca lhe ficou bem) acharam que o melhor era seguir em frente, só lhes restando a cena das luzes apagadas e do sistema de rega ligado. Que Medeiros Ferreira ache que os jogadores do FC Porto «poderiam ter sido mais comedidos nos festejos», é de uma ironia a toda a prova; com as luzes apagadas, eles só poderiam rir a bandeiras despregadas.

Como disse atrás, não me choca a decisão da direcção do Benfica (condenada, aliás, em editorial na última página de A Bola de ontem). Acho compreensível. É um grande trunfo que havemos de brandir em todas as oportunidades.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)


12 comentários

Sem imagem de perfil

De Jonas a 05.04.2011 às 22:39

Então, cavalheiro? Nunca foi preciso alguma autoridade moral para jogar bola.
Para não ter dúvidas serão necessárias certezas, estou em pulgas para saber que enredo artificioso haverá para lá de mais elaborado do que mover um interruptor, como diz?, pois, isso mesmo: para conseguir folga competitiva. Parece que a jogar à bola não se consegue, concorda?
Convidava-o a desenvolver a sua tese, acontece que até tenho medo do que o cavalheiro possa saber quanto a coisas de bola e maçonaria das artimanhas.
Sem imagem de perfil

De MMB a 06.04.2011 às 00:04

Então se não é preciso autoridade moral, para quê tanto alarido com o botão da electricidade?

E quanto ao jogar à bola, era bem mais simples se se tratasse só disso mesmo, e não houvesse tempo de antena nas televisões para macacos e outros meliantes e seus mandantes.

Comentar post




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.