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O sistema.

por FJV, em 01.04.11

Ontem, António Perez Metelo respondeu-me, no debate da TVI, que era «o sistema que ia abaixo» — se se fizesse uma «auditoria às contas públicas». Compreende-se melhor a natureza do sistema, independentemente das pressões francesa e alemã para que essa auditoria não tenha lugar (e não vai ter, como se sabe, porque no país e nesta União se prefere a jogatana ao jogo, a maquilhagem à transparência), depois da entrevista de Teixeira dos Santos e da revisão dos défices e da dívida pública hoje anunciada. O «sistema» é a manipulação continuada dos números, das estatísticas, dos negócios ruinosos com as PPP, das decisões e da actividade do governo, concertada com acções de propaganda fácil e com falhanços evidentes em todas as previsões. José Sócrates provocou esta crise política para tentar ocultar tudo o resto; é necessário dizer-lhe que um tratante pode mentir quantas vezes quiser, e que pode tentar todas as astúcias para esconder os factos — mas não deixa de ser um magarefe, mesmo se mantiver o discurso aperaltado de um manda-chuva zangado e prepotente. Na situação em que nos encontramos, o país precisa de reencontrar uma certa limpeza, alguém com compostura e credibilidade como interlocutor. E de certa decência.

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7 comentários

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De Jose Luis a 02.04.2011 às 15:01

Pelos comentários dá ideia que o melhor é não nos mexermos pois se já estivémos mal ainda vamos ficar pior com o que ai vem (PPC )...
É por isso que estamos como estamos a célebre letargia Portuguesa o "...deixa estar... ao menos ainda temos saude. ."
É tempo de dizer BASTA!!!! Ao que se foi ao que aí vem e aos que se seguirem se não prestarem!
Mas não há maneira de nós, Portugueses, passarmos a fiscalizar esta gentalha que nos (des)governa e a retirar-lhes os beneficios auto-atribuidos ?
Ou será que somos um povo de analfabetos que só se preocupam com o futebol e o resto não é com eles...?
julgo que o circo que são as eleições, alta abstenção, se resolveria com a obrigatoriedade de votar. Não nos pudemos esquecer que votar é muito importante, houve quem morresse para que nós pudessemos exercer esse direito que tantas vezes não cumprimos...
E depois, se somos suficientemente capazes de colocar a gentalha no poder, também deveremos ser capazes de, à semelhança dos Suiços , passarmos a ser sondados nas materias que nos podem afectar por intermédio de referendos.

Fica a ideia...

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