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Três perguntas.

por FJV, em 26.03.11

1. Podemos ter acesso aos números verdadeiros, aos números da dívida, aos gráficos da evolução da dívida e das execuções orçamentais, ao excel da despesa pública, aos números do endividamento por causa das PPP – enfim, às contas públicas? Podemos saber quanto se deve, quanto se gasta, quanto os portugueses pagam de impostos, quanto dos seus impostos é aplicado e onde (educação, saúde, justiça, segurança – e empresas públicas, obras públicas, institutos & observatórios, comunicação e mordomias)?

2. Podem esses dados ser reunidos por uma entidade independente, fiável, «certificada»?

3. Se a resposta for negativa, podemos saber porquê?

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20 comentários

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De Nuno Lebreiro a 26.03.2011 às 10:02

O buraco no sector empresarial do Estado deve ser tão grande - e eles sabem-no - que a saída cá para fora resultaria de forma imediata na bancarrota nacional; ao mesmo tempo, o descobrir-se que as nossas contas estão tão martelados como as gregas - temem eles - a questão passaria a ser: "e se as contas espanholas também estiverem marteladas?". Claro está que, admira-me como não percebem isto, o esconder só é pior: traz a instabilidade na mesma, não resolve o problema (apenas adia) e, claro, desrespeita por completo o eleitor português que tem todo o direito a saber a verdade. A resposta do medo face aos problemas nunca é a solução.
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De FJV a 26.03.2011 às 15:41

Claro que desrespeita o eleitor. Mas antes disso desrespeita todos os portugueses e a própria transparência na política.
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De Nuno Lebreiro a 28.03.2011 às 11:45

Pois. É uma espécie de real politik utilitária; mais um exemplo da fragilidade europeia e do desrespeito institucional pelo cidadão. O que me admira mais nesta circunstância é tomarem todos por parvos: a recusa de uma auditoria não causa igualmente insegurança nos mercados uma vez que estes sabem da recusa da dita? Com certeza: sobrarão as dúvidas que apenas serão sanadas perante a efectivação da referida auditoria. Enquanto isso, ao mesmo tempo que gregos e irlandeses se financiam a cinco e seis por cento, continuamos com juros de oito por cento. Ou seja o argumento utilitário de recusar a auditoria nem sequer é válido: é pior continuar nesta situação do que pedir a assistência externa. É tudo mau, portanto.
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De paulo miranda a 26.03.2011 às 10:53

boas perguntas!
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De José Batista da Ascenção a 26.03.2011 às 11:00

Não se pode saber.
O receio de que haja (ainda mais) buracos de que não suspeitamos aumenta o perigo de os credores pedirem resgates da dívida (ou lá o que é que eles podem pedir...)
Foi o aviso que Cavaco Silva terá feito a Passos Coelho, a pedido de Merkel, de Trichet, de Barroso e de mais não sei quem.
Ouvi isso esta manhã, na rádio.
Como o mundo é curioso. E verdadeiro...
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De robalos a 26.03.2011 às 12:41

É isso,só isso antes do mais:as continhas! As continhas!Parece que das sapatilhas à cabeça presidencial ninguém quer auditá-las e divulgá-las... PORQUÊ?
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De Adir Tavares a 26.03.2011 às 13:01

FT: Portugal teria a ganhar se virasse província do Brasil (Brasil Econômico - Por Diário Económico (Portugal) - 25/03/11 18:27 )

Colunista do Financial Times lança uma proposta provocadora para resolver a crise de dívida: que Portugal seja anexado pelo Brasil.

A imprensa britânica não poupa na ironia para apontar saídas para a crise de dívida que Portugal atravessa. A equipa de colunistas do Lex do Financial Times diz que Portugal poderia se tornar uma província do Brasil.

"Aqui vai uma maneira ‘out-of-the-box' para lidar com o problema: anexação pelo Brasil (uma década de 4% de crescimento anual do PIB, muito mais elevado recentemente). Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB".

E falam das vantagens, apesar da perda de ‘status'.

"A antiga colônia tem algo a oferecer, mesmo para além da diminuição dos ‘spreads' de crédito e, proporcionalmente, déficits em contas correntes governamentais muito mais baixos. O Brasil é um dos BRIC, o centro emergente do poder mundial. Isto soa melhor do que uma cansada e velha União Europeia", escreve o FT, numa alusão aos avanços e recuos do Velho Continente em lidar com a crise de dívida soberana.

Além disso referem que a UE considera Portugal problemático: "Sem governo, elevada resistência à austeridade e crônico desempenho econômico".

http://www.brasileconomico.com.br/noticias/ft-portugal-teria-a-ganhar-se-virasse-provincia-do-brasil_99746.html
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De David Oliveira a 26.03.2011 às 14:58

http://www.facebook.com/home.php?sk=group_101871639898160&ap=1
Fica convidado.
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De FJV a 26.03.2011 às 15:36

No Facebook at all!
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De Vítor Coelho da Silva a 26.03.2011 às 15:22

Claro que a resposta é negativa. E o porquê de ser negativa, é porque TODOS saíriam queimados, a começar pelo "iniciador" da desbunda financeira, também conhecido por Cavaco e Silva.
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De FJV a 26.03.2011 às 15:40

E não seria caso de todos pedirmos para tornar públicas essas contas?
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De H.R. a 26.03.2011 às 20:01

Quer lançar esse movimento pedindo, exigindo a clarificação total do estado das contas públicas? É urgente e indispensável para fazer face à terrível máquina de propaganda fraudulenta do governo e do PS. O cidadão comum não tem como fazer ouvir a sua voz, ignorado pelos seus representantes no Parlamento e bloqueado pela comunicação social. As figuras públicas são a esperança que nos resta.
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De Vítor Coelho da Silva a 26.03.2011 às 21:50

Claro que sim! Mas se os próprios responsáveis da União Europeia pedem para não se "mexer" no assunto, imagine-se o que vai por cá ... e pelos restantes países da União. É que a financeirização da economia é como as metástases de um cancro ... alastrou por toda a parte.

O problema é de sistema. Este capitalismo selvagem é simplesmente criminoso. Não acha?
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De Teofilo M. a 26.03.2011 às 21:13

Creio que não há interesse em saber ao certo as contas de País nenhum.
A aldrabice é residente em todos e, quem está à frente deles, sabe-o bem, admira-me no entanto que os muitos economistas que tanto falam mas que raramente acertam não o saibam.
A auditoria às contas é feita pelo Eurostat e pelo BCE, a partir daí não será preciso especular muito sobre a razão porque é que ninguém que tenha emprego nos orgãos executivos dos países europeus estaria interesado na sua divulgação.
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De H.R. a 29.03.2011 às 23:40

Não há interesse em saber das contas?! Bom, se vamos ter de pagar os desvarios, o mínimo é dizerem ao certo quanto e porquê, não?!
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De Teofilo M. a 01.04.2011 às 08:42

Infelizmente quem paga as contas são sempre os mesmos, e com razão, pois elas são fruto da escolha que a maioria fez democráticamente.

Claro, que cá por casa, deixamos que uma minoria governe porque a maioria, em vez de votar, decidiu ir dar uma volta com a família ou ficar em casa na indolência habitual.

Creio que agora é muita desta malta, que não votou que anda para aí a chorar pelo leite derramado.

Paciência! Pode ser que vão aprendendo alguma coisa com estes desmandos.
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De José Batista da Ascenção a 26.03.2011 às 22:07

PUBLIQUEM LÁ ESSAS CONTAS!

Mesmo que fiquemos uma colónia do Brasil. Se o Brasil não se envergonhar... Podíamos ser assim a modos que uma favela grande...
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De João Carvalho a 27.03.2011 às 19:58

Cuidado ! Se ainda há pouco se queria saber como estavam exatamente (atenção ! nova terminologia) as contas púbicas, era essencial, de repente, em tque de mágica, as informações do Banco de Portugal transfomou-se numa instituição fiável, quiçá o próprio Ministério das Finanças também e já não é preciso (nestes dosi dias têm ocorido muitas mudanças, alé da hora) ... Maravilhas dos "mercados", gostam de ser enganados ... (?) E nós ?

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