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1. Se o PSD aprovar o «novo pacote de medidas de austeridade» deixará — em definitivo — de ser uma alternativa ao PS. Mas a questão não tem a ver com a «política partidária» ou a conquista do poder. O problema é, aqui, de confiança — e, mesmo que sejam necessárias mais medidas de austeridade, este governo esgotou praticamente todas as reservas de confiança. Manobrou, ocultou, tomou o Estado (a República, o País) como coisa sua, achando-se no direito de se perpetuar no poder em qualquer cenário, sem negociar (ou, negociando, faltando logo de seguida à sua palavra) aquilo que se tinha comprometido a negociar.
2. Não se pode confiar num governo que funciona desta forma, flutuante, errática, ao sabor das imposições que tem o descaramento de desmentir. Não se pode confiar num governo cuja acção desmente cada uma das suas bandeiras. Desculpar este carácter errático e sinuoso é criar a ideia da sua inevitabilidade, o que é um perigo letal para a democracia.
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