Os jornais de ontem dão uma importante notícia: em janeiro houve 172 imigrantes inscritos no Programa de Apoio ao Retorno Voluntário – não apenas brasileiros, mas também santomenses, angolanos, cabo-verdianos e de países do Leste. Até ao final do ano supõe-se que alguns milhares possam abandonar Portugal, a acrescentar aos que já o fizeram ao longo de 2010. É mau sinal esta saída de imigrantes (não apenas porque traduz o aumento do desemprego e a agudização da crise económica). Nos últimos anos, foram eles que trouxeram sangue novo a um país envelhecido – mas também com algumas perspetivas de crescimento. A integração de muitos desses estrangeiros contribui ou para mudar a nossa palidez, ou para mudar os nossos hábitos de trabalho, ou para impedir a solidão portuguesa.
[Na coluna do Correio da Manhã]