Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Manuel Alegre anunciou ao país, com discutível sinceridade, que a reeleição de Cavaco «pode abrir caminho não apenas para uma mudança de Governo ou da maioria, mas também para uma mudança da democracia»: Ou seja, «a democracia deixará de ser a mesma». Esta ameaça (tenham medo, tenham muito medo) foi repetida até à exaustão durante a última campanha presidencial, agitada sobretudo no campo soarista, com o resultado que se conhece. Algumas almas entediadas com a coisa chegaram a falar no «regresso ao fascismo» e Augusto Santos Silva, num acesso de astenia cerebral, mencionou que essa eleição configuraria «um golpe de estado constitucional», «uma tragédia». A cantilena repete-se, mas nunca se esperava que o intérprete desse guião medíocre e entediante fosse Manuel Alegre.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.