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Espanta-me muito que os responsáveis da Saúde, as sras. Auctoridades, tão ocupadas agora a meter-se entre gente adulta, proibindo-as de almoçar onde querem, se querem fumar depois de almoço sem incomodar ninguém, se querem seja o que for, não tivessem antes trabalhado esta vergonha. Destaquem, pois, a ASAE para as discotecas e bares que servem shots a 1 euro a pré-adolescentes de 12 e 13 anos, que vendem «absinto» a alunos das secundárias e vinho em garrafas de plástico a miúdos que saem para ir ao cinema; há muito exemplos. Quando vivi na R. das Janelas Verdes por uns meses, entre a barulheira infernal das quintas e sextas à noite (um país de merda, improdutivo e sacana, que regista as quintas-feiras como um dos dias mais noctívagos da semana...), havia agentes a prestar segurança à porta de bares onde se vendia álcool a miúdos que, daí a meias-horas, estavam caídos no passeio, entre vómito e gente a perguntar pelos seus filhos. Nessa altura escrevi bastante sobre isso. Estava indignado, mas o que estava na moda era proibir o fumo. Apoiei a lei do tabaco como ela está, por ser sensata, moderada, e por assegurar que nenhum não-fumador seria obrigado a fumar os cigarros e charutos dos outros. Dois ou três anos depois, já não sei, os mesmos burocratas que não se importaram com as denúncias sobre o alcoolismo juvenil e pré-adolescente, preparam-se para agravar a lei do tabaco, o grande objectivo das suas vidas. Bom ano.
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