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Finalmente, o Ministério da Educação acedeu em fazer regressar os testes de Filosofia, desaparecidos desde 2007; gente tão astuta e inteligente, informada e moderna, auto-suficiente com tantas plataformas tecnológicas, pôde — às claras — desdenhar da Filosofia. De facto, para que serve a Filosofia quando temos a verdade do nosso lado? Noto, no entanto, que isso não significa ainda uma revalorização da Filosofia no secundário, evidentemente; não se pode querer tudo. Para já, a atenção é concedida «aos problemas que os jovens sentem e que os perturbam»; a história da Filosofia é coisa do passado; não se fala abertamente, ainda, do que andaram a fazer Descartes, Espinosa, Kant, Hegel, digamos, ou vá lá Platão, Aristóteles (já que Sócrates era jogador de futebol) ou Tomás de Aquino, Marx ou Nietzsche. Eles andaram a fazer alguma coisa, alguma coisa eles sentiam e os perturbava. Mas é um avanço.
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