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Ao sol, uma caminhada de sete quilómetros. Algumas praias cheias de gente, assinalando o centenário da República (o Eduardo tem razão, deixem-se de preciosismos e leiam O Poder e o Povo, de Vasco Pulido Valente; e se quiserem saber porquê leiam, depois, o Portugal Contemporâneo, de Oliveira Martins, para conhecer os lustros anteriores) nos areais. Um último sol. Uma benção gratuita, boa para quem quer exercer o direito à preguiça no tempo regulamentar. Jornais espalhados. No Telegraph, Philip Larkin sobre o amor. Na Praça do Município, uns polícias à paisana, em nome da República arrancam máscaras de Darth Vader a manifestantes – antigamente também não se podia falar mal do dr. Afonso Costa. Todas as pessoas deviam usar máscaras enquanto se ouvem discursos pataratas. A sensação de que nos preparamos para os nossos melhores anos. Uma caminhada ao sol. Um milagre, o uso das pequenas coisas, dos heróis sem cosmopolitismo. As pessoas bebem cerveja numa esplanada. Um vento de Outubro. Vêm aí grandes batalhas.
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